sábado, 19 de setembro de 2020

SALVAÇÃO QUEDA APOSTASIA

 SALVAÇÃO QUEDA APOSTASIA .


● SEGURANÇA ETERNA DO CRENTE


 Expressão exata “segurança eterna” não é encontrada na Bíblia, mas a verdade que ela transmite certamente está ali. Refere-se ao fato de que uma pessoa verdadeiramente salva, por meio da fé em Cristo, não pode perder sua salvação e sua aceitação em Cristo diante de Deus. Os seguintes versículos ensinam isso:


Lc 15:3-6; Jo 6:37-40, 10:28-29, 14:16; Rm 6:23 com 11:29; Rm 8:30-39; 1 Co 1:7-8, 3:13-17, 5:5; Ef 1:13 com 4:30; Fp 1:6; 1 Tm 4:10; Hb 10:14, 13:5; 1 Pe 1:5; 1 Jo 2:1.


Se um crente perdesse sua salvação e acabasse no inferno, Deus daria prova de ser mentiroso, porque a Sua Palavra diz que as ovelhas de Cristo “nunca hão de perecer” (Jo 10:28-29); Cristo teria que acabar no inferno com o crente, porque Ele prometeu: “Não te deixarei, nem te desampararei” (Hb 13:5); e o Espírito Santo também teria que ir para o inferno, porque a Escritura diz que Ele habitará e estará com os crentes “para sempre” (Jo 14:16). Tudo isso, é claro, é absurdo e totalmente impossível.


Há algumas passagens da Escritura que parecem ensinar que um crente poderia perder sua salvação, mas um olhar mais atento a essas passagens mostra que elas não estão falando de crentes verdadeiros no Senhor Jesus Cristo, mas sim de crentes meramente professantes que apostatam da fé Cristã. Algumas dessas passagens são: Mt 7:21-23, 12:43-45, 13:5-6, 20-21, 24:13, 25:26-30; Mc 3:28-30; Lc 22:31-32; Jo 15:2-6; Rm 11:22; 1 Co 9:27, 15:2; Hb 6:4-6, 10:26-29, 12:14; 2 Pe 2:1, 20-21. A dificuldade que as pessoas têm com essas passagens – que as levam a uma conclusão errada – é que elas não sabem a diferença entre queda e apostasia. Ambas se referem a uma pessoa se afastar de Deus, mas uma – a apostasia – é infinitamente pior do que a outra. Um verdadeiro crente pode cair e deixar de andar com o Senhor, mas ele não vai apostatar. Apenas crentes professos podem apostatar, que é abandonar a confissão de fé que eles fizeram uma vez. Se eles fizerem isso, estão condenados, mesmo que ainda estejam vivos neste mundo! Eles não podem ser renovados ao arrependimento e trazidos à salvação por fé em Cristo (Hb 6:4-6, 10:26).


A chave para entender estas passagens que parecem ensinar que um crente poderia perder sua salvação é ver que elas estão se referindo à apostasia, e não à queda. Elas têm a ver com crentes meramente professantes, não crentes verdadeiros. Pode-se perguntar: “Por que essas advertências a respeito de apostasia são apresentadas nos livros da Bíblia que foram escritas aos crentes quando ela não tem aplicação para eles?” A resposta é que os escritores do Novo Testamento, divinamente inspirados, em muitas ocasiões, falaram para uma multidão mista de crentes verdadeiros e crentes meramente professantes. Assim, suas observações incluíam advertências para aqueles que transitavam entre os verdadeiros crentes e que estavam meramente professando fé em Cristo. Tais observações destinavam-se à consciência dessas pessoas. Elas tinham a intenção de despertá-los para sua necessidade de serem salvos, e avisá-los de que, se se desviassem da fé que professavam, estariam perdidos para sempre!


● APOSTASIA




APOSTASIA – Refere-se ao abandono formal da fé[1] que a pessoa uma vez professou. Apostasia pode ser do judaísmo (At 21:21 – “apostatarem de Moisés” – TB) ou pode ser do Cristianismo (1 Tm 4:1 – “apostatarão alguns da fé”; 2 Ts 2:3 – “a apostasia”). Ela é indicada na Escritura pelas expressões “desviar” ou “recair” (Lc 8:13; 2 Ts 2:3; Hb 6:6).


Apostatar é algo que só pode ser feito por um crente meramente professo. Um verdadeiro crente pode ter uma queda e andar distante do Senhor, mas ele não abandonará a fé. Apostasia é uma coisa muito solene, pois, uma vez que alguém se apostata, não há esperança de ele se voltar em arrependimento. A Escritura diz que isso é “impossível” (Hb 6:4-6.). Assim, os tais estão condenados, embora eles ainda estejam vivos neste mundo! As seguintes passagens se referem a apóstatas: Mt 7:21-23, 12:43-45, 13:5-7, 20-22; Mc 3:28-30; Jo 15:2, 6; At 1:25; Rm 11:22; 1 Co 9:27, 10:12; Hb 2:1-4, 3:7-15, 6:4-6, 10:26-31, 12:12-29; 2 Pe 2:1, 20-21; Ap 8:8-12.


Poderíamos perguntar: por que as advertências sobre apostasia foram registradas na Bíblia – um livro escrito para crentes – se os crentes não podem apostatar? A resposta é que em muitas passagens os escritores divinamente inspirados do Novo Testamento não estão se dirigindo exclusivamente a crentes. A Escritura indica que ao longo do tempo o testemunho Cristão iria se deteriorar em uma mistura profana de verdadeiros crentes e os meramente professantes (Mt 13:25 etc.). Sendo assim, os escritores do Novo Testamento inlcluíram, em suas observações aos santos, advertências contra aqueles que se transitavam entre eles e que não eram verdadeiros. Essas pessoas estavam correndo o risco de caírem em apostasia. Tais advertências foram destinadas a atingir a consciência delas e despertá-las para a realidade de que elas não eram salvas, e que precisavam ser, porque se virassem as costas para a fé que tinham professado, seriam condenadas para sempre como apóstatas!


Muitos Cristãos não sabem a diferença entre queda e apostasia e a confusão entre essas duas coisas os tem levado a conclusões erradas – e uma dessas conclusões é que os crentes podem perder sua salvação. A diferença entre queda e apostasia é ilustrada em Pedro e Judas. Ambos se afastaram do Senhor; com Pedro era uma queda e ele foi restaurado mais tarde, mas com Judas era a apostasia, e não houve retorno. W. Scott disse: “Para queda há remédio; para apostasia não há nenhum” (Doctrinal Summaries, pág. 44). 



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[1] N. do T.: Como regra, quando o artigo “a” é usado com “fé”, se refere à revelação Cristã da verdade. Por exemplo, Judas 3 diz: “A fé que uma vez foi entregue aos santos”. Mas quando o artigo “a” não é mencionado, se refere simplesmente à energia interior da confiança de uma alma em Deus.



● QUEDA – A Bíblia fala de dois tipos de afastamento de Deus – apostasia e queda. Ambos são ruins, mas a apostasia é infinitamente pior. Um crente nunca pode apostatar, mas certamente pode reincidir em seus antigos pecados se não tiver cuidado em sua caminhada. Se um crente retrocede àquilo que um dia deixou, há remédio (confissão e arrependimento, e então ele é restaurado ao Senhor – 1 Jo 1:9), mas se alguém que é apenas um crente professo apostata, não há remédio (Hb 6:4-6). 


A palavra “queda”, nesse sentido, não é encontrada no Novo Testamento, mas esse triste tipo de abandono de Deus certamente é mencionado (Mc 14:30, Tg 5:19). Tem a ver com um crente tornar-se descuidado com seu coração e com a sua comunhão com Deus (Pv 14:14). Se isso não for julgado, resultará em uma caminhada incompatível com o Senhor. A obra de Cristo como Advogado traz o reincidente de volta. Sua restauração envolve arrependimento e confissão de pecados ao Pai (1 Jo 1:9). 


É importante entender que a queda não afeta a posição do crente diante de Deus; portanto, o reincidente não perde sua salvação. Mas, como indica Provérbios 14:14, ele paga um alto preço pela sua rebeldia ao colher o que semeou (Gl 6:7-8, Pv 13:15). Se permitimos que o pecado não seja julgado em nossa vida, haverá resultados desastrosos:


Nosso laço de comunhão com Deus será quebrado (Rm 8:13).


Adquirimos uma má consciência que resultará em falta de confiança na oração (1 Jo 5:14-15).


Perderemos energia espiritual.


Perderemos discernimento (Os 7:8-9).


Poderemos nos tornar escravos dos pecados que permitimos em nossa vida (1 Co 6:12).


A mão disciplinadora de Deus será colocada sobre nós para nos fazer voltar (Hb 12:6). Tal disciplina pode até chegar ao ponto de alguém ser levado prematuramente à morte (Ec 7:17; 1 Co 11:31-32; Tg 5:20; 1 Jo 5:16).


Arruinamos nosso testemunho Cristão perante o mundo (Gn 19:14).


Vamos perder a recompensa que o Senhor pretendia nos dar (1 Co 3:13-15; 2 Co 5:10; Ap 3:11)

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