terça-feira, 31 de dezembro de 2019

AGRANDE CASA COM SEUS VASOS

🏠 🏺AGRANDE CASA COM SEUS VASOS

Segunda Epistola a Timoteo 2:19-22

Ao abrirmos em 2 Timóteo encontramos o apóstolo Paulo definindo o caminho para aquele que é fiel, quando viesse o grande abandono da verdade na profissão cristã. Aqueles que exercitassem isso seriam guiados a um remanescente de crentes que passaram pelo mesmo exercício de buscar praticar (em notória fraqueza) toda a verdade de Deus naquilo que diz respeito à igreja. Estas instruções não poderiam ser mais apropriadas para nossos dias, quando a ruína no testemunho cristão chegou ao ápice. O apóstolo escreveu: "Todavia o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são Seus, e qualquer que profere o Nome de Cristo aparte-se da iniquidade. Ora, numa grande casa não somente há vasos de ouro e de prata, mas também de pau e de barro; uns para honra, outros, porém, para desonra. De sorte que, se alguém se purificar destas coisas*, será vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor, e preparado para toda a boa obra. Foge também das paixões da mocidade; e segue a justiça, a fé, o amor, e a paz com os que, com um coração puro, invocam o Senhor" (2 Tm 2:19-22 - *N. do T.: Algumas traduções trazem "se purificar destes").

Acerca desta passagem tem sido dito que este é o capítulo para o crente em um dia de ruína e fracasso. A condição arruinada em que está a profissão cristã é comparada a "uma grande casa". A casa é vista em desordem e caracterizada por estar cheia de uma mistura de coisas -- algumas honráveis e algumas desonráveis. Os vasos de "ouro e de prata" podem se referir aos verdadeiros crentes, e os vasos de "pau e de barro" aos falsos professos. Todos são vistos misturados. Considerando que a associação com o mal contamina (1 Co 15:33, 1 Tm 5:22, Ag 2:10-14, Dt 7:1-4, Js 23:11-13, 1 Rs 11:1-8 etc.), os vasos de ouro e de prata são vistos como contaminados por sua associação com os de pau e de barro. A contaminação pode emanar da associação tanto com as próprias pessoas, como com seus princípios e práticas errôneas, sejam doutrinárias, morais ou eclesiásticas.

Quando o apóstolo se refere aos vasos "para honra" e "para desonra", parece que está indicando a condição dos vasos. Enquanto todos os que são meros professos na casa certamente são vasos para desonra, nem todos os crentes podem ser vasos para honra. Se os verdadeiramente convertidos não estiveram andando bem com o Senhor eles poderiam também ser classificados como vasos para desonra. Menor ainda é o número de vasos para honra que são santificados. Encontramos, portanto, nesta passagem três classes de vasos:

1. Vasos para honra -- aqueles que estão andando bem em meio à mistura.

2. Vasos para desonra -- aqueles que andam pessimamente em meio à mistura.

3. Vasos santificados para honra -- aqueles que estão andando bem e se separaram da mistura.

🔴 Purificando-se:

O exercício do cristão não é ser meramente um "vaso para honra", mas ser um "vaso para honra... santificado". Isto inclui purificar-se da mistura por meio da separação. Estes versículos ensinam claramente que é impossível ser um vaso santificado quando se permanece em comunhão com a corrupção existente na casa. A mera associação com a doutrina e prática ruins é suficiente para nos manchar, mesmo que em nossa vida pessoal nós não estejamos professando ou praticando o mal. Portanto, o grande exercício para o crente que deseja ser fiel é "apartar-se" da injustiça e iniquidade que há na casa, separando-se dessa mistura. Assim ele se torna um vaso "santificado" para honra. Trata-se de uma separação que deve ser praticada na casa de Deus. O crente não é chamado a deixar a casa, pois isto significaria abandonar a profissão cristã completamente, mas a separar-se da desordem existente ali. (Compare com Provérbios 25:24). Tampouco ele é chamado a "purificar" a casa de tudo o que desonra o Senhor, mas sim de "purificar-se" da mistura existente na casa. [Veja notas 1 e 2]

[Nota 1: Este é um assunto reconhecidamente delicado. Posso estar errado, mas se interpretarmos esta passagem dizendo que apenas aqueles que se separaram para estarem em uma posição remanescente (isto é, os santos congregados ao nome do Senhor) são os vasos para honra, então em essência fazemos de todos os outros cristãos na casa vasos para desonra, o que parece algo um pouco extremo. Uma ideia assim não levaria em consideração cristãos piedosos que andam corretamente quanto à sua consciência, embora ainda não estejam exercitados naquilo que diz respeito aos seus vínculos eclesiásticos. Eles podem estar conectados a alguma ordem denominacional criada por homens, mas não tiveram suas consciências esclarecidas quanto aos vínculos eclesiásticos que deveriam romper. Dificilmente poderíamos acusá-los de mal eclesiástico se eles ignoram tal coisa. Talvez eles devam ser classificados como vasos para honra, porém não vasos "santificados" para honra. Acerca de um assunto ligeiramente diferente, nós não iríamos querer chamar as mesas (comunhões) de homens estabelecidas no testemunho cristão de "mesas de demônios" (1 Co 10:21). Insisto que isto seria ir muito longe e acabaríamos perdendo o sentido da passagem.]

[Nota 2: No grego a palavra Ekkathairo, traduzida aqui como "purificar", só é encontrada duas vezes nas Escrituras. Ela aparece em 1 Coríntios 5:7, onde aquele que praticou o mal é tirado da comunhão dos santos. Aparece também em 2 Timóteo 2:21, onde o que praticou o mal se purifica da mistura de vasos bons e ruins.]

🔴 "Destes" e "Com os que"

O crente tem diante de si um duplo exercício: primeiro, dissociar-se, depois associar-se Isto é indicado pelas palavras "destes" (vers. 21) e "com os que" (vers. 22). (N. do T.: No primeiro caso a versão Almeida Corrigida usa "destas coisas", mas a tradução literal é "destes"). O crente deve se separar dos vasos que estão todos misturados na casa, e seguir "com os que, com um coração puro, invocam o Senhor" Esta ordem é consistente em todas as Escrituras (Is 1:16-17, Rm 12:9, 13:12, Sl 34:14, 3 Jo 11). Os estudiosos nos informam que o termo "destes" é no grego o genitivo plural, o que significa que sua aplicação é ampla e poderia incluir tanto pessoas, como princípios e coisas. Ou seja, toda a mistura de coisas existentes na casa -- todos os vasos na mistura, bons e ruins, verdadeiros e falsos. Isto significa que o crente fiel deve se dissociar de tudo aquilo que é contrário à verdade de Deus; de tudo o que negue aquilo que é a verdadeira igreja sob a Cabeça, que é Cristo; e de tudo o que negue ao Espírito Santo o Seu lugar de direito como Guia. Ao fazer isso, o crente se torna um "vaso para honra, santificado"

O que esta passagem está ensinando é que o crente fiel não deve se satisfazer em apenas andar corretamente diante de Deus na sua vida pessoal, mas deve também se separar de qualquer associação com o misturado estado de coisas (pessoas, doutrinas e práticas corruptas) existente na casa. Isto significa que ele irá se separar de alguns verdadeiros crentes que não estão preocupados por estarem associados com o erro e a confusão. Somos chamados a nos separarmos da desordem existente na casa, portanto se outros crentes verdadeiros estão contentes em seguir adiante em comunhão com a confusão, não nos resta escolha senão nos separarmos também deles. Isto é doloroso e um verdadeiro teste para revelar o quão decididos estamos em agir sobre os princípios das Escrituras. É natural nos sentirmos mal com isso, já que estaremos nos separando de crentes verdadeiros. Por sermos irmãos, existe um vínculo de amor entre os membros do corpo. Todavia, o chamado do Senhor tem precedência sobre o amor por nossos irmãos. Na verdade, a prova de nosso amor para com nossos irmãos é vista em nossa obediência a Deus. "Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus, quando amamos a Deus e guardamos os seus mandamentos" (1 Jo 5:2). Mesmo assim, devemos nos manter atentos contra qualquer atitude que nos leve a pensar que somos mais espirituais do que aqueles de quem nos separamos. A atitude correta, ao nos separarmos da mistura de vasos existente na casa, inclui o julgamento próprio, e não a justiça própria.

É só depois que o crente dá este primeiro passo que o Senhor irá guiá-lo à comunhão "com os que", onde poderemos praticar toda a verdade de Deus (como é o caso da verdade do um só corpo). Todavia, isso acontecerá em um remanescente. Repare também que o exercício de dissociar-se é a primeira coisa apresentada ao crente. O caminho da associação "com os que, com um coração puro, invocam o Senhor" não será encontrado antes de agirmos na luz que tivermos para nos separarmos daquilo que sabemos estar errado e inconsistente com as Escrituras. Somente então o Senhor irá nos dar mais luz e nos guiar no caminho.

A exortação para seguirmos "com os que" nos sugere que separar-se para o isolamento não é a solução para a ruína existente na casa de Deus. Algumas pessoas ficam frustradas quando veem a total ruína da igreja e acabam se resignando a seguirem adiante sozinhas. Mas a separação não deveria nos levar ao isolamento. Devemos sempre nos lembrar da exortação que diz: "Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns" (Hb 10:25). Repare também que a passagem não diz para seguirmos "os que", pois isto significaria seguirmos meros homens. A passagem diz para seguirmos "com os que", o que implica que eles próprios já estão seguindo, e devemos seguir "com os que", para obedecermos ao Senhor e aos princípios da Sua Palavra. Cremos que o Senhor irá dirigir os passos daquele que estiver realmente exercitado. O versículo 22 mostra que o Senhor irá prover alguns com os quais possamos caminhar na prática da verdade. Não será possível fazê-lo com todos os membros do corpo, mas sim em um testemunho remanescente.

🔴 Seguindo a Justica, a Fe, o Amor, e a Paz

Nesta senda, o julgar-se a si mesmo é algo que não deve ser negligenciado. Paulo acrescenta: "Foge também das paixões da mocidade". Não se trata de uma exortação apenas para os jovens, mas também para os velhos que tenham a mesma luxúria dos jovens. Ao separar-se da mistura de vasos devemos seguir "a justiça", que é procurar fazer o que é certo em todas as áreas da vida. Isto é importante, pois se nos tornarmos descuidados quanto à nossa maneira de agir para com as pessoas, seja nos negócios ou na vida em geral, poderemos facilmente falsificar a posição que temos de separados da iniquidade, e assim ridicularizar o terreno que assumimos.

Depois deve existir um "segue... a fé", que é a energia interior da confiança da alma em Deus. Trata-se de algo muito necessário nestes dias difíceis, quando podemos ser facilmente desencorajados pelo pequeno número de pessoas que têm o desejo de praticar a verdade. Se a nossa fé desmoronar e formos tomados pelo desencorajamento, provavelmente abandonaremos a senda que trilhamos.

Então devemos também seguir "o amor". Este seria o "amor para com todos os santos" (Ef 1:15, Cl 1:4). Apesar de termos de nos separar de muitos deles, continuamos a amá-los. Existe o perigo de nosso amor se estreitar, passando a se concentrar apenas naqueles com quem andamos em separação. Mais que isso, nosso amor para com aqueles com os quais caminhamos poderia esfriar. Os que preferem manter distância dos irmãos costumam esfriar e se distanciar da posição de remanescente. Por isso é importante permanecermos no amor de Deus (Jd 21) e no calor da comunhão de nossos irmãos, que "com um coração puro, invocam o Senhor".

Finalmente, devemos seguir "a paz" procurando nos manter concordes com aqueles com quem caminhamos (1 Cr 12:33), a fim de que exista uma feliz unidade entre todos os que estão identificados com o testemunho remanescente.

Há muito trabalho para ser feito nesta posição de caminhar com aqueles que "com um coração puro, invocam o Senhor". Depois de nos desvencilharmos, passamos à condição de alguém "idôneo para uso do Senhor e preparado para toda a boa obra". Isto não significa que aqueles que permanecem associados com a confusão existente na casa não possam ser usados pelo Senhor em Sua obra; o ponto aqui é que o servo pode agora ser usado "para toda boa obra". No serviço para o Mestre devemos começar partindo da comunhão com aquele testemunho remanescente e então procurarmos ser de bênção para todos. Um importante trabalho é procurar "instruir com mansidão" aqueles irmãos que continuam misturados à confusão existente na casa e que "resistem" à verdade de Deus. "Porventura Deus lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade". Isto é algo que aqueles que procuram servir ao Senhor, e ao mesmo tempo permanecem em comunhão com a confusão existente na casa, não poderão e nem irão querer fazer. Procurar desembaraçar outros crentes da confusão exige gentileza e paciência. Devemos vigiar a nós mesmos para não cairmos em contendas, pois "ao servo do Senhor não convém contender, mas sim, ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor" (2 Tm 2:23-24).

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A Ruina na Cristandade e o Testemunho Remanescente



O crente que aprende das Escrituras que o corpo de Cristo deve se expressar em uma unidade visível na terra talvez venha a perguntar: "Como poderíamos praticar tal verdade hoje, quando a maioria dos cristãos provavelmente nem conheça tal coisa, e se conhecer, talvez nem esteja interessada em colocá-la em prática?".

É triste que exista uma tamanha ruína no testemunho cristão. Vemos uma desunião entre os membros do corpo, com crentes divididos em vários grupos denominacionais e vivendo contentes do jeito que estão.

Vivemos numa época realmente triste, quando cada um faz "o que parece reto aos seus olhos" (Jz 21:25). É evidente que o corpo não está "ligado à cabeça" (Cl 2:19). O Dr. W. T. P. Wolston compara a situação atual dos membros do corpo de Cristo a uma enfermidade chamada "coréia" (Doença de Huntigton), que pode afligir o corpo humano fazendo com que todos os músculos se movimentem, porém sem controle e independentes da vontade do cérebro. Ele comenta: "Creio que a igreja de Deus nos dias de hoje tenha contraído esse tipo de doença. Os membros estão todos fazendo sua própria vontade".

Aprendemos que no início da jornada da igreja na terra haveria um grande abandono da "fé que uma vez foi dada aos santos" (1 Tm 4:1, At 20:29-30, Jd 3-4). Todas as "segundas" epístolas testemunham desse desvio da profissão cristã.

A segunda epístola à assembleia de Éfeso descreve o abandono do primeiro amor (Ap 2:1-7).

A segunda epístola aos Tessalonicenses trata do abandono da esperança da vinda do Senhor.

A segunda epístola de João aborda o abandono da doutrina de Cristo como algo muito sério.

A segunda epístola de Pedro considera o abandono da santidade prática.

A segunda epístola aos Coríntios trata do abandono da autoridade apostólica conforme é encontrada nas Escrituras.

Finalmente, a segunda epístola a Timóteo trata do abandono da ordem na casa de Deus.

Portanto, é certo que não podemos colocar em prática esta grande verdade do um só corpo com todos os seus membros. A maioria não se preocupa com esta verdade. Todavia, Deus previu que os últimos dias seriam difíceis e fez uma ampla provisão para nós. Se tivermos um coração exercitado, Deus irá nos guiar nesse caminho. "Aos justos nasce luz nas trevas; ele é piedoso, misericordioso e justo" (Sl 112:4).

Ao buscarmos nas Escrituras a vontade de Deus quanto ao que devemos fazer nestes dias de ruína e fracasso no testemunho cristão, aprendemos um grande princípio sobre o qual Deus age quando aquilo que Ele colocou nas mãos dos homens em forma de testemunho termina em fracasso. Deus reduz o tamanho, a força, a glória e a quantidade desse testemunho e o entrega a um remanescente. A palavra "remanescente" significa "resíduo" ou "aquilo que resta" de alguma coisa original (W. Trotter, "Plain Papers on Prophetic Subjects", p. 361 - veja Isaías 1:2-9).

Um princípio que é bom conhecer é que a maneira como Deus age muda quando aquilo que Ele estabeleceu e confiou nas mãos do homem em responsabilidade acaba fracassando. Apesar de o modo de agir de Deus mudar, Seus princípios não se alteram. Quando vem o fracasso, Deus usa de Sua soberania para manter aquilo que Ele estabeleceu em testemunho e o leva adiante a partir daí no caráter de um remanescente. A razão de o Senhor agir assim é que algo pode chegar a um ponto em que Ele já não pode Se associar com isso no mesmo poder e glória de quando o estabeleceu. Chega um momento em que aqueles ligados a esse testemunho o corromperam de tal maneira que, se Deus fosse continuar associado àquilo, o mundo acabaria recebendo um testemunho falso do que é o verdadeiro caráter de Deus. O mundo concluiria que o Senhor é conivente com tais práticas. Portanto, já que Deus deve agir de modo consistente com a Sua santidade, Ele coloca a coisa toda de lado, do modo com a tinha originalmente estabelecido, e trabalha com um testemunho remanescente. Deus agiu sobre este princípio na história de Israel, e agora age assim com a igreja, e irá fazê-lo novamente no futuro com os judeus durante a Tribulação.

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domingo, 29 de dezembro de 2019

A VIDA ETERNA COMEÇA AQUI OU DEPOIS DA MORTE?

*⚰A Salvação Só é pra Depois que morrer? Ou alguém pode ser Salvo ainda estando aqui na Terra?*


 ```⏳A VIDA ETERNA COMEÇA AQUI OU DEPOIS DA MORTE?
```


Uma das declarações mais maravilhosas já feitas por Cristo, quando ele esteve na Terra, foi a declaração de que ele   tinha a autoridade e o poder para dar a vida eterna aos homens e às mulheres (João 17:1-3).

Essa declaração, como nós sabemos, já foi muito ridicularizada. Alguns críticos supuseram que Jesus estava prometendo aos seus discípulos que eles nunca morreriam fisicamente, quando ele disse isso e, então, com base nessa suposição, eles concluíram que Jesus foi apenas um fanático religioso frustrado. Afinal, ele morreu bem cedo, e o mesmo aconteceu com os seus discípulos.

Mas esse tipo de crítica é baseado na total ignorância sobre o que Jesus de fato disse.

Qualquer olhar rápido pelas páginas do Novo Testamento é suficiente para mostrar que Jesus não apenas avisou aos seus discípulos que ele seria crucificado muito em breve, mas também que, depois que ele partisse, os próprios discípulos deveriam estar prontos para morrer por amor a ele (Lucas 9:22; 12:4; João 16:1-3). Seja qual for o significado dessas palavras, a declaração de Jesus de que  ele daria vida eterna aos seus seguidores certamente não significava que eles não morreriam fisicamente.

Outros críticos, um pouco mais sérios, supuseram que a “vida eterna” prometida é algo que as pessoas boas devem receber após deixarem este mundo: em outras palavras, “elas vão para o céu quando elas morrem”. Esses críticos, então, tratam com desprezo toda a ideia, que eles veem como uma fantasia perigosa e irritante. Homens e mulheres famintos, eles dizem, sonham com suculentos bifes; do mesmo modo, o pobre e o oprimido, os desenganados e os enfermos, inventam um céu imaginário para aliviar suas misérias e seus sofrimentos. Mas os ateus, eles afirmam, não precisam dessa muleta; eles possuem a coragem e a inteligência para lutar para viver uma boa vida e, no final, encarar a dura realidade da morte sem entorpecer suas mentes com a esperança de um céu imaginário que alcançarão em um futuro distante e incerto.

É preciso dizer que o Novo Testamento de fato ensina que os que creem “irão para o céu quando morrerem”, mas temos de esclarecer que isso é mais frequentemente colocado em outros termos: “partir e estar com Cristo”, ou “deixar este corpo, para habitar com o
Senhor” (Filipenses 1:23; 2 Coríntios 5:8). Porém, as acusações dos críticos de que essa esperança de um céu futuro necessariamente enfraquece, se não elimina, os esforços que as pessoas fazem para tirar o máximo da vida aqui na Terra, são obviamente falsas. O Novo Testamento deixa bem claro que a vida eterna não é algo que recebemos quando morremos e vamos para o céu. Pelo contrário, é uma vida que podemos receber e gozar aqui e agora na Terra – muito antes de morrermos e irmos para o céu. É, de fato, uma outra dimensão da vida, acima e além da vida intelectual, estética, emocional e física de que todo ser humano naturalmente goza. É a vida de que Cristo estava falando, quando disse, “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus” (Mateus 4:4).

Tente imaginar um casamento que não seja nada mais do que uma união física, um casamento em que o esposo e a esposa nunca conversem, em que nenhum pensamento íntimo seja compartilhado, em que o mesmo ocorra com as esperanças, com as alegrias, com os medos e com as tristezas, com o amor pela música ou com o amor pela arte, e os dois nunca venham a se conhecer de verdade. Um casamento assim seria pouco mais que o acasalamento dos animais; faltariam a ele as dimensões humanas. Do mesmo modo, um ser humano que se contenta em gozar a vida em seu aspecto físico, emocional, estético e intelectual, mas não sabe nada a respeito de comunhão espiritual com Deus, está perdendo, aqui e agora, o aspecto mais elevado da vida. Além disso, ele também corre o gravíssimo risco de perder a vida eterna no mundo vindouro. O Novo Testamento é claro: “Aquele que crê no Filho tem a vida eterna”. Note que o verbo está no presente: portanto, aquele que crê tem a vida eterna aqui e agora. Por outro lado, há um aviso: “Mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece” (João 3:36).

E aqui temos de compreender uma outra distinção: a vida eterna de que o Novo Testamento fala não é a mesma coisa que existência eterna. Todos os seres humanos sobreviverão à morte de seus corpos, todos irão existir eternamente. Mas alguns irão existir em um estado espiritual que a Bíblia chama, não de “vida eterna”, e sim de “a segunda morte” (Apocalipse 20:11-15; nós iremos estudar esse assunto mais próximo do final deste artigo).

Nesta altura, alguns críticos poderiam, talvez, argumentar que tudo o que se diz sobre uma vida eterna possível de ser apreciada ainda nesta vida não passa de uma forma de auto-engano psicológico. É mera subjetividade que não corresponde a nenhuma realidade concreta. O problema é que exatamente a mesma coisa poderia ser dita sobre a apreciação da arte, o que seria também uma falácia. É verdade que há pessoas que podem olhar para uma obra de arte e ver pouco mais do que manchas de tinta sobre uma tela; é verdade também que as pessoas cegas não podem ter nem noção do que é o mundo da arte. Mas isso não prova que o mundo da arte não existe, ou que a apreciação da arte é uma forma de auto-engano psicológico. O fato é que algumas pessoas que não enxergam, que são fisicamente cegas, não desejam poder ver. Certa vez, conheci um homem que, durante a infância, chegou a enxergar por um tempo, mas acabou por perder a visão pouco depois e ficou totalmente cego. E, por incrível que pareça, ele sempre me disse que não iria querer ver, mesmo que lhe dessem essa oportunidade. Ele estava contente como era. Na verdade, ele tinha medo de que, caso recuperasse sua visão, ele viesse a ficar muito confuso com as milhares de coisas que iria poder ver e que, portanto, a vida ficasse complicada demais. Ele me dizia que preferia a simplicidade da vida sem visão.

Da mesma forma, há muitas pessoas que sentem que a vida se tornaria muito complicada e que elas se envolveriam em mudanças muito radicais, se admitissem a existência de Deus e a possibilidade de receberem a vida eterna. Elas preferem a simplicidade do ateísmo. E, assim, elas afirmam que “Deus” e a “vida eterna” são entidades imaginárias. Mas o fato de afirmarem isso não mostra que as coisas são assim; mostra apenas que os que afirmam isso são espiritualmente cegos.

 *Qual é, então, o significado de ter a vida eterna?*



1. Ter a vida eterna significa compartilhar a vida de Deus.

Na terminologia do Novo Testamento, as pessoas estão mortas até o momento que iniciam um relacionamento pessoal e direto com Deus e passam a conhecê-lo. Isto é, elas estão mortas, não no aspecto físico, mas no aspecto espiritual.

A famosa Parábola do Filho Pródigo fornece um ótimo exemplo do uso da palavra “morto” com esse sentido. Conversando com o seu filho mais velho, após o retorno do filho pródigo, o pai diz: “Mas era justo alegrarmo-nos e regozijarmo-nos, porque este teu irmão estava morto e reviveu; tinha-se perdido, e foi achado” (Lucas 15:32).

O filho pródigo havia virado as costas para o seu pai, abandonado sua casa, e ido para um país distante. Ele não tinha nenhum amor ou interesse em seu pai. Ele não se comunicava com o seu pai, ele não tinha nenhum desejo de compartilhar os interesses ou a vida de seu pai. Até onde o seu pai sabia, ele estava morto.

O filho pródigo “voltou à vida” quando se arrependeu, voltou para a casa e se reconciliou com seu pai. Da mesma forma, quando as pessoas que ignoraram a Deus e estiveram espiritualmente mortas, arrependem-se e reconciliam-se com Deus, elas recebem vida espiritual; elas passam a viver espiritualmente.

Mas há ainda mais do que isso. Quando as pessoas se arrependem e se convertem a Deus, elas não apenas descobrem a Deus, da mesma forma que alguém pode descobrir o mundo da arte para o qual ela sempre foi completamente morta. Quando as pessoas se arrependem, voltam-se para Deus e colocam sua fé em Cristo, Deus gera dentro delas uma nova vida, uma vida que elas nunca tiveram até aquele momento. Para utilizar a terminologia do Novo Testamento mais uma vez, Deus as “vivifica”. Ele gera nelas sua própria vida espiritual, assim como um pai humano transmite a sua própria vida física para os filhos que ele gera.

“Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos).” (Efésios 2:4,5)

Deixe-me fazer uma analogia. Uma lâmpada elétrica, dentro de sua embalagem protetora não tem ainda como ser acesa. Mas retire-a de sua embalagem, coloque-a no soquete do castiçal e coloque esse castiçal em uma sala que já esteja sendo iluminada por uma grande luz elétrica central. A lâmpada agora está cercada pela iluminação que vem da fonte central de luz; mas ela continua não acendendo, ela continua não iluminando; ela continua “morta”. E continuará “morta” até que seja ligada à mesma corrente de energia elétrica que mantém a luz central acesa. Mas, quando isso acontece, quando ela é ligada na corrente de energia elétrica e a eletricidade chega até a lâmpada, nós vemos a lâmpada ser “vivificada”.



2. O dom da vida eterna estabelece uma relação pessoal entre aquele que o recebe e Deus.

Um computador de última geração pode aprender a reconhecer a voz de seu dono, do homem que o utiliza. Tudo que esse homem precisa fazer é dizer algumas palavras próximo ao computador, e o computador irá reproduzir tudo o que ele disse em forma de texto. Mas o computador nunca conhecerá o seu dono da mesma forma que o filho ou a esposa dele o conhecem; tampouco irá amá-lo como os filhos e as filhas dele o amam. O computador não tem uma vida humana. Por outro lado, quando o homem gerou seus filhos e lhes transmitiu sua própria vida, junto com a vida, as crianças receberam a capacidade de conhecer e amar seu pai e de desfrutar de uma relação cada vez mais profunda com ele. Do mesmo modo, quando Deus transmite a sua própria vida espiritual para as pessoas, quando ele as vivifica e as regenera, isso faz nascer um relacionamento entre essas pessoas e ele; e elas passam a conhecê-lo e amá-lo. É por isso que o Novo Testamento diz que a vida eterna consiste em conhecer a Deus e a Jesus Cristo (João 17:3), e em compartilhar a vida de Deus por meio de Cristo (1 João 1:1-4).



 _3. A vida eterna: um dom presente, uma propriedade eterna._

E isso explica como a vida eterna pode ser, como o próprio nome diz, eterna. Quando Deus estabelece essa relação espiritual com uma pessoa e compartilha a sua própria vida com ela, essa relação é, por definição, eterna. A morte física não pode dar fim a ela, não pode destruí-la. Uma vez que Deus tiver estabelecido um relacionamento pessoal com alguém pelo dom da vida eterna, ele permanecerá fiel a essa promessa e manterá o relacionamento para sempre.

“E dou-lhes (as minhas ovelhas) a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará das minhas mãos.” (João 10:28) “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16)

A vida eterna, então, não pode ser afetada pela morte do corpo. O corpo humano, tal como o conhecemos aqui na Terra, é comparado no Novo Testamento com um tabernáculo, uma tenda, muito propícia e adequada à nossa peregrinação terrena e temporária, mas relativamente frágil, fácil de se desmontar. Na ressurreição, por outro lado, todos os salvos receberão um corpo glorificado, projetado para expressar sua personalidade aperfeiçoada e redimida, o que é descrito no Novo Testamento como tendo, “de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus” (2 Coríntios 5:1).

Além disso, junto com a vida eterna vem uma série de outras coisas eternas que Deus dá a todos os que estão dispostos a receber Cristo. Assim, o Novo Testamento ensina que a salvação é eterna (Hebreus 5:9), a redenção e seus efeitos são eternos (Hebreus 9:12), a herança prometida para aqueles que confiam em Deus é eterna (Hebreus 9:15), e a glória que os sofrimentos e as experiências de vida trarão para aqueles que amam Deus é igualmente eterna (2 Coríntios 4:17). E o fato maravilhoso sobre isso tudo é que a vida eterna é um dom gratuito, que é oferecido a todos os que, com verdadeiro arrependimento e fé, aceitam a Jesus Cristo como Senhor e Salvador:

“Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 6:23).



 *O POTENCIAL DA VIDA ETERNA*



A vida eterna, assim como a vida física, não é estática. Quando um bebê nasce, ele tem vida física, mas, nas semanas, meses e anos pela frente, ele tem de aprender a desenvolver seu potencial. Assim é com a vida eterna: ela é cheia de potencial, portanto sempre cheia de esperança para o futuro. Aqueles que recebem a vida eterna são exortados, pelo Novo Testamento, a “tomar posse” da vida eterna, para a qual Deus os chamou, da mesma forma que um jovem que tem potencial para se tornar um atleta olímpico pode ser encorajado a não negligenciar seu dom, e sim a explorá-lo tanto quanto possível (1 Timóteo 4:7-8; 6:11-12). E a principal recompensa para quem desenvolve o potencial da vida eterna é uma capacidade cada vez maior de desfrutar aquela vida. “O que semeia no Espírito”, diz o Novo Testamento, “do Espírito ceifará a vida eterna” (Gálatas 6:8). Quanto mais um atleta corre, mais ele desenvolve o seu coração, os seus pulmões, os seus músculos e a sua respiração e, quanto mais ele desenvolve essas coisas, mais ele pode melhorar seu desempenho ao correr e mais pode desfrutar do esporte.

É claro que um treinamento sério vai exigir do atleta muita disciplina, autocontrole, austeridade, objetividade e trabalho duro. E, se o atleta deseja ganhar o campeonato, ele terá de seguir as regras do jogo. Se ele não seguir essas regras, ele não irá perder a sua vida, mas ele certamente não irá ganhar nenhum prêmio. E assim é com a vida eterna. Para desenvolver o seu potencial e conquistar os maiores prêmios, aqueles que a possuem devem estar preparados para deixar de lado todo o embaraço, e o pecado que tão de perto os rodeia, e correr, com paciência, a carreira que está diante deles (Hebreus 12:1). Eles devem estar prontos para negar a si mesmos, tomar cada um a sua cruz e seguir a Cristo. E eles também devem aprender a desenvolver autocontrole e “a manter as regras do jogo”. Caso contrário, eles serão desclassificados e não obterão nenhum prêmio (1 Coríntios 9:24-27; 2 Timóteo 2:5).

Mas o fato mais maravilhoso sobre a vida eterna é que ela permite que aqueles que a possuem vivam de tal forma que as experiências, os deveres, os prazeres e as dores deste mundo passageiro tenham um significado eterno e possam produzir uma recompensa eterna (João 12:25; 2 Pedro 1:5-11).

A possibilidade de saber que temos a vida eterna Algumas pessoas, mesmo pessoas religiosas, afirmam que é impossível ter ainda nesta vida a certeza de que temos a vida eterna. É importante, portanto, saber o que o Novo Testamento de fato afirma sobre esse tema. Iremos considerar com mais profundidade esse assunto em um outro estudo, mas aqui, para começar, vejamos o que está escrito:

“E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho. Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida. Estas coisas vos escrevi, para que saibais que tendes a vida eterna e para que creiais no nome do Filho de Deus” (1 João 5:11-13).


1 Coríntios 1

18. Porque a palavra da cruz é deveras loucura para os que perecem; mas para nós, que *somos salvos* , é o poder de Deus.

 _Por John Lennox_

_________________________
www.youtube.com.br/c/DanielDuarteejs 

danielduarteestudobiblico.blogspot.com

sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

E ESTES GRUPOS DE NÃO DENOMINACIONAIS OU DESIGREJADOS?



❓⚠
_"E ESTES GRUPOS DE NÃO DENOMINACIONAIS OU DESIGREJADOS?"_

 ```⚠TOME MUITO CUIDADO!!```

O termo "desigrejado" só pode ter sido inventado por uma pessoa que não conhece o significado da palavra igreja  ou desconsidera assim  o significado original  para aplicar a uma denominação ou coisa do tipo. Portanto é bastante infeliz e deve ter sido cunhado por alguém que nunca entendeu a obra de Cristo em sua totalidade.

Não existe um cristão genuíno (salvo) que seja "desigrejado" ou "sem igreja" pelo simples fato de o Senhor Jesus  acrescentar á Igreja cada um que se converte.

Isto mesmo, você não pode se filiar à Igreja, que é o corpo de Cristo, porque este é um trabalho dele.

Foi assim no dia em que a Igreja foi criada no dia de Pentecostes e continua sendo assim cada vez que uma pessoa é salva.

"Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos." (At 2:47).

O grande problema desses grupos que tem se formado a partir de pessoas desapontadas com o sistema religioso é que verdades preciosas costumam ser rejeitadas, e alguns desses grupos acabam sendo mais prejudiciais do que as próprias denominações de onde saíram.

 É bem o caso da popular frase de alerta: "Não jogue fora o bebê com a água do banho".

A expressão tem origem na Idade Média, quando não havia água encanada e a família toda tomava banho em uma grande tina, começando pelos mais velhos até os mais novos.

No final a água estava tão turva que podia-se até perder o bebê e, sem querer, jogar fora a água com a criança.
A cristandade tem feito isso.

Depois de séculos turvando a água vemos pregadores moderninhos jogando fora doutrinas cardeais da fé cristã com a desculpa que a água está suja com os descalabros cometidos em nome de Cristo nos últimos dois mil anos.

São pessoas que criticam as denominações e agradam uma grande parcela de que se desiludiram com as superstições do catolicismo e do pentecostalismo, e também com a audácia e falta de escrúpulos dos mercadores da fé em denominações, no rádio e na TV.

Os que pregam um anti-denominacionalismo acabam sendo seguidos por pessoas que não percebem que, por detrás dessa aparente "renovação" oy suposta "reforma" da fé, existe o dedo de Satanás para comprometer justamente o que é vital ao verdadeiro cristianismo: a doutrina dos apóstolos e as ordenanças e mandamentos do Senhor.

De certo modo esse afastamento da sã doutrina já deu seus primeiros passos dentro das religiões cristãs mais tradicionais,quando os mandamentos do Senhor relacionados à posição da mulher na igreja foram "jogados fora" nos séculos 19 e 20.

Se estudar história verá que, no passado, mesmo nesses sistemas as mulheres permaneciam caladas nas igrejas e cobriam a cabeça como as Santas Escrituras ordena. Antigamente as   mulheres que participavam da missa cobrindo a cabeça -véu e nenhuma mulher ousaria ocupar uma posição de ministério da Palavra. Mas isso mudaria quando os cristãos fossem seduzidos pelo movimento feminista que teve início no final do século 19 e início do século 20.

Agora é a vez de pregadores moderninhos jogarem fora as ordenanças da ceia do Senhor e do batismo nas águas, além de doutrinas como das três pessoas dstintas descrito claramente na Bíblia como — Pai, Filho e Espírito Santo —, do matrimônio, da honra à autoridade civil, da Bíblia como sendo (e não apenas contendo) a Palavra de Deus, da impecabilidade do Senhor e até mesmo de sua divindade absoluta.

Então, meu caro leitor,se você  estiver, como muitos estão, desapontado com o caminho que a cristandade tomou, com seus "prédios" apelitados de "Templos" etc, cerimônias, ingerência na política, bandas, shows, pedidos de dinheiro, "pastores" milionários, superstições e um sem número de inovações, e quer congregar fora de tudo isso, não seja ingênuo.

 O diabo também está de olho nessa parcela do público para enganar.

Satanás estará esperando por você fora do sistema religioso, acenando com a possibilidade de supostamente congregar só ao nome do Senhor, em casas ou não, mas com a condição de você abrir mão de verdades preciosas e com o argumento de que devem ser jogadas fora pelo simples fato de as religiões tradicionais as professarem.

Mas não é por uma denominação professar alguma doutrina que ela esteja assim necessariamente errada.

Portanto não se deixe seduzir por esses pregadores que querem descartar o batismo, a ceia do Senhor e outras doutrinas bíblicas. Sim, entendo que seja errado permanecer em um sistema religioso ( Creio que ainda existe este "sistemas" Deus permite de alguma maneira, mas não que seja vontade dEle) denominacional, e eu mesmo estou congregado fora dele.

Mas não vá atrás dos que tentam fazer isso sem fundamentação bíblica e não dê um passo sem a direção do Espírito Santo. Enfim, não jogue fora o bebê junto com a água suja de uma cristandade corrompida.

📚📖📝🎥"DESIGREJADOS OU DESISTITUCIONAIS??"

https://youtu.be/OInpPHmyqZE

Etc.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

O Judaísmo não é um padrão para adoração Cristã



🕎 O   J u d a i s m o    n ã o   é   u m  p a d r ã o    p a r a    a    a d o r a ç ã o   C r i s t ã !

Apesar de o judaísmo não ser um padrão para a adoração cristã, as Denominações na chamada  cristandade têm ignorado o ensino claro das Escrituras que mostra que o tabernáculo é uma figura do verdadeiro santuário ao qual agora temos acesso pelo Espírito (Hb 9:8-9, 23-24). Mesmo assim, as Denominações têm usado o tabernáculo como um padrão para suas construções. As denominaçãoes  emprestaram muitas coisas do Antigo Testamento para introduzi-las literalmente em seus lugares de adoração e cultos religiosos, perdendo de vista o verdadeiro significado delas.

A chada  cristandade erigiu magníficos edifícios e catedrais usando o padrão do Tkemplo do Antigo Testamento. É comum essas construções receberem o nome de "Templo" ou "Tabernáculo" para permanecerem alinhadas ao judaísmo do Antigo Testamento. Algumas denominações chegaram ao ponto de separar uma parte dessas construções como se fosse um lugar mais santo do que o resto da construção, chamando-o de "Santíssimo" ou "Santuário", como acontecia no tabernáculo do Antigo Testamento. Tudo isso mostra que há muito tempo os cristãos perderam de vista o fato de que hoje a casa de Deus é uma "casa espiritual" construída de pessoas redimidas (1 Co 3:9; Ef 2:19-22; Hb 3:6; 1 Pd 2:5), e não uma casa material no sentido literal da palavra.

Esta é uma lista de #algumas coisas que O  denominacionalismo com o Catolicismo emprestou do judaísmo:

O uso literal de prédios chamados de Templo, e catedrais como lugares de adoração;

Uma classe especial de homens que exercem seu ofício a serviço da congregação;

O uso de instrumentos musicais para ajudar na adoração;

O uso de um coral;

O uso de incenso para criar uma atmosfera espiritual;

O uso de vestes religiosas pelos "Ministros" e membros do coral;

O uso de um altar literal (Isto é, eles dizem que o púlpito é o altar junta com a plataforma...)  (sem sacrifícios);

A prática do dízimo;

A observância de dias santos e festas religiosas;

Um rol de membros com os nomes dos que estão congregados;

É verdade que muitos desses elementos judaicos foram alterados de alguma forma para se adaptarem ao contexto denominacional-catolicismo , mas eles continuam carregando os adornos do judaísmo. Esse tipo de influência judaica, com seus princípios e práticas, permeou a igreja. Muito disso tem estado associado ao "cristianismo" há tanto tempo que já foi aceito pelas massas como se viesse de Deus. A maioria das pessoas acha bom ter essa mistura judaico-"cristã". Infelizmente, misturar essas duas ordens distintas de se aproximar de Deus destruiu a distinção original que existia em cada uma delas, fazendo com que o resultado dessa mistura não fosse nem judaísmo, nem cristianismo.

📖 Para o cristão verdadeiro o, Antigo Testamento  é um conjunto de livros de tipos e figuras.

Não queremos dizer com isto que o Antigo Testamente não deva ser lido pelos cristãos, muito pelo contrário. "Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça" (2 Tm 3:16). O Novo Testamento deixa claro que "tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança" (Rm 15:4). Isto nos mostra que apesar do Antigo Testamento não ter sido endereçado a nós cristãos, ele foi escrito para nós.

É da maior importância vermos que, além das questões morais (pois para Deus elas nunca mudam), a maneira como os cristãos devem ler e aplicar o Antigo Testamento é como tipo e figura. As coisas que foram registradas nas Escrituras do Antigo Testamento são agora tipos e figuras para nós cristãos (1 Co 10:11; Hb 8:5; 9:9, 23-24; 10:1; 11:19; 1 Co 9:9-10; Gl 4:24; Rm 4:23; 5:14; Jo 5:39; Lc 24:27, 44). Somos instruídos pelo Antigo Testamento através do #aprendizado dos princípios básicos que ele contém A Luz do Novo.

Apelidos que são colocado em um prédio (Salão) chamando -os de "Igreja" - ajudam ou atrapalham o Evangelho?




⛪🏛 🏠 O s   a p e l i d o s    q u e    s ã o    c o l o c a d o    e m    u m    p r é d i o   (S a l ã o)   c h a m a n d o  - o s    d e   "I g  r  e  j  a"     -   a  j  u d a m   o u    a t r a p a l h a m    o    E v a n g e l h o ?

O público em geral ficou tão acostumado com as construções chamadas de "igrejas" e catedrais que acredita ser este o ideal de Deus. Na opinião da maioria das pessoas essas construções são um sinônimo de cristianismo. Mas o Novo Testamento nem sequer as menciona entre as coisas que Deus deseja para a igreja. Existem pelo menos cinco boas razões para esses edifícios associados ao cristianismo mais atrapalharem do que ajudarem o eEvangelho.

1) Eles não são bíblicos. Conforme já demonstramos, simplesmente não existe qualquer fundamento para isso no Novo Testamento.

2) Eles transmitem ao mundo uma mensagem errada. As pessoas podem muito bem ser levadas a pensar que o cristianismo é uma continuação do judaísmo, apenas com algumas novas alterações cristãs. Elas podem erroneamente concluir que Deus habita em "templos feitos por mãos", e que só pode ser adorado neles (At 17:24-25). Portanto, daí vem a falsa ideia de que alguém precise ir a um edifício chamado "igreja" para orar e aproximar-se de Deus.

3) Eles não são econômicos. Dar tal ênfase a edifícios luxuosos enquanto milhões de pessoas padecem de fome em todo o mundo, tanto no sentido espiritual como material, é simplesmente utilizar mal o dinheiro. A maior parte dos fundos que as denominações recebem em suas coletas deveria ser usada para permitir a pregação do evangelho e a disseminação da verdade, não para financiar modernas construções e organizações para-eclesiásticas. O pesado ônus desses investimentos e de seus juros faz com que os líderes eclesiásticos peçam ofertas cada vez mais generosas a fim de pagarem pela construção e por sua manutenção. Com isso as pessoas podem ser levadas a acreditar que Deus só está interessado em dinheiro. Com milhões sendo coletados todas as semanas, parece que a maior dificuldade dos cristãos não está em dar, mas em direcionar os fundos que são arrecadados. Hudson Taylor disse: "O problema da igreja não é a falta de fundos, mas a falta de consagração de fundos!".

4) Esses edifícios são uma hipocrisia. Ao construírem esses imensos edifícios, enquanto dizem ao mundo que amam as pessoas e se interessam profundamente por suas almas, a mensagem que os cristãos passam não é muito convincente. Se a igreja está tão interessada nas pessoas necessitadas deste mundo, por que não sacrifica um pouco do esplendor de suas edificações? Ao construir seus edifícios a igreja está demonstrando que está mais preocupada com a própria glória e conforto do que com as pessoas necessitadas.

5) Esses edifícios intimidam. É difícil fazer com que as pessoas que tiveram pouco ou nenhum contato com a Nova Aliança compareçam às reuniões nessas luxuosas construções associadas com a Nova Aliança. Edifícios cheios de pompa tendem a espantar, e não atrair essas pessoas. Tudo lhes parece muito opressor. (As pessoas do mundo parecem ter um senso melhor que os cristãos daquilo que convém ao cristianismo -- Lucas 16:8). Existe uma forte reação contra o formalismo, especialmente entre os jovens. As pessoas também têm medo de serem convidadas a contribuir com dinheiro. Mesmo assim, muitas dessas pessoas estariam prontas a ir a um estudo bíblico na forma de uma conversa numa casa ou em um salão menos pretensioso. Elas se sentem mais à vontade em uma atmosfera informal e não profissional, ficando assim mais receptivas a receberem o evangelho.

Portanto esses grandes edifícios são um empecilho ao evangelho muitas das vezes, e tão somente mostram que não somos mais sábios do que a Palavra de Deus. O padrão simples que Deus nos deu em Sua Palavra é sempre o melhor caminho, pois "o caminho de Deus é perfeito" (Sl 18:30).

quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

Posso usar instrumentos musicais na adoração na Nova Aliança?

🎺🎻🥁📯🎷🎶🎸S a c r i f i c i o s    E s p i r i  t u a i s    o u    u m    "M i n i s t é r i o    d e    M ú s i c a "? - i n s t r u m e n t o s   m u s i c a i s?


Consequentemente, os sacrifícios cristãos não são literais e exteriores como no judaísmo, mas sim "sacrifícios espirituais" (1 Pedro 2:5; Hb 13:15; João 4:23; Fp 3:3). Já que o cristão adora "em espírito e em verdade", ele poderia sentar-se em uma cadeira sem se movimentar, e mesmo assim poderia ser produzido em seu espírito um verdadeiro louvor e adoração a Deus por meio do Espírito Santo que habita nele. Esta é a verdadeira adoração celestial. O cristão não necessita de uma orquestra ou de um coro para extrair adoração de seu coração, como era o caso de Israel no judaísmo.

Adorar com o auxílio de instrumentos musicais é adorar da forma judaica. Misturar o conhecimento e a revelação inerentes ao cristianismo com a ordem judaica de adoração (a qual é essencialmente o que a maioria das assim chamadas "igrejas" fazem) não é cristianismo autêntico. No céu não haverá necessidade de um auxílio mecânico e exterior à adoração a Deus, e os cristãos tampouco precisam deles agora, pois já estão adorando a Deus do modo celestial.

Por esta razão não encontramos no livro de Atos ou nas epístolas qualquer referência de cristãos adorando ao Senhor usando instrumentos musicais. Não existe uma menção sequer nas epístolas do Novo Testamento de uma adoração cristã auxiliada por instrumentos musicais. Os únicos dois instrumentos que os cristãos têm para adorar a Deus são o "coração" (Cl 3:16; Ef 5:19) e os "lábios" (Hb 13:15). No cristianismo tudo o que encontramos é "cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração" (Ef 5:19; Cl 3:16). Somos instruídos a oferecer "sempre por ele a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome" (Hb 13:15). Mesmo assim a distinção entre a adoração cristã e o judaísmo tem sido ignorada nas denominações. Bandas e até grandes orquestras passaram a fazer parte integral dos "cultos de adoração" de nossos dias. Isso é chamado de "ministério de música", mas o objetivo parece ser mais voltado ao entretenimento da audiência do que ao ministério.

Não somente inexiste qualquer direção na Palavra de Deus para os cristãos adorarem dessa maneira, como a própria história mostra que a música instrumental não teve virtualmente qualquer parte no cristianismo durante os primeiros 1.400 anos! (Há uma total ausência de música instrumental na igreja nos primeiros 700 anos, seguidos de uma ferrenha oposição a ela durante os próximos 700 anos). Foi somente nos últimos séculos que a música instrumental passou a ser aceita e usada na adoração e na atividade evangelística. A questão é: Se o chamado "ministério de música" é tão importante para a vida da assembleia, como a igreja hoje a considera, por que o apóstolo Paulo não exortou as assembleias às quais escreveu a adotarem um "ministério de música" em suas reuniões? E por que não existe qualquer menção disso no Novo Testamento? Cremos que o uso de instrumentos musicais na adoração -- além de muitas outras coisas inventadas pelo homem que acabaram sendo introduzidas -- é uma evidência do distanciamento que as Escrituras nos alertam que ocorreria com a igreja. À medida que as coisas no testemunho cristão foram se afastando da ordem dada por Deus, a música instrumental foi pouco a pouco conquistando um lugar (porém não sem oposição), até acabar sendo aceita como normal para a adoração cristã. Ela pode ter sido até introduzida com boas intenções, mas mesmo assim não tem lugar na adoração cristã.

Não queremos com isso dizer que o cristão não possa tocar música instrumental, mas apenas que ela não tem lugar na adoração cristã. Alguém escreveu: "Se eu puder fazer um pobre pai enfermo dormir com música, tocarei a música mais bela que puder encontrar; mas ela irá estragar qualquer adoração ao introduzir o prazer dos sentidos naquilo que deveria ser fruto do poder do Espírito de Deus".

Três ou quatro coisas tangíveis na Nova Aliança




📋🖊 T r ê s    o u    q u a t r o    c o i s a s    t a n g í v e i s    n a    N o v a    A l i a n ç a



Se praticarmos a nova aliança , do modo como é encontrado na Bíblia, descobriremos que existem poucas coisas tangíveis em toda a nova ordem da adoração cristã.

 ( 🤽‍♀️)  A ordenança do batismo;

(🍞🍷) A ordenança da ceia do Senhor;

(📖) A Bíblia;

(👰) A cobertura para a cabeça da mulher.

Talvez exista mais uma, se acrescentarmos a esta lista a coleta (1 Co 16:1-2). Mas já que isto costuma acontecer por ocasião da ceia do Senhor, nós já a vemos incluída ali.

A razão pela qual a Nova Aliança  tem tão poucas coisas visíveis é que se trata de um sistema baseado em fé. As Escrituras dizem que "andamos por fé, e não por vista" (2 Co 5:7). Por possuirmos uma nova vida (pelo novo nascimento) e por sermos habitados pelo Espírito de Deus, não precisamos de outras coisas para praticar o cristianismo. Os cristãos poderiam se reunir para a adoração e o ministério em uma casa, cozinha, garagem etc.; e se isso fosse feito em conformidade com a Palavra de Deus e o Espírito de Deus, teriam o Senhor em seu meio. A "ceia" do Senhor foi inicialmente instituída em uma sala de estar de uma residência em Jerusalém (Lc 22:7-20). A presença do Senhor em seu meio era tudo o que eles precisavam.

Baseados nisso, perguntamos: Onde, neste padrão simples dado aos cristãos para se reunirem para a adoração e o ministério, estão todos os adereços adotados pela religião profissional da chamada cristandade? Onde está a necessidade de se construir imensas catedrais e complexas organizações denominacionais? Onde está a necessidade das orquestras, do entretenimento, e do dinheiro que frequentemente caracteriza as Denominações na chamada  cristandade atual l? Ora, tudo isso perde imediatamente o sentido! Se for verdade que  a Nova Aliança  possui apenas estas poucas coisas tangíveis, então tudo o mais fica imediatamente descartado. Mas onde está Cristo nesta forma simples de congregar? Ele está no meio, onde prometeu que estaria! (Mt 18:20). E se temos a Cristo, temos tudo que precisamos.

Vinho novo em recipientes novos!

Apesar de tudo, muitos cristãos rejeitam a ordem de Deus e insistem que o modo de Israel aproximar-se de Deus em adoração é o verdadeiro padrão para a adoração cristã. Mas se o modo de Israel adorar no Antigo Testamento for o padrão para a adoração cristã, então por que razão as Escrituras dizem que a adoração cristã é um "novo" caminho de adoração? (Hb 10:20).

O Senhor sabia que haveria uma tentativa de se vincular a velha ordem de coisas à nova ordem na Nova Aliança, e alertou que fazer isso seria como colocar remendo novo em pano velho, e vinho novo em odres ou recipientes velhos (Lc 5:36-39). Isso acabaria por estragar a ambos. É exatamente o que tem acontecido na profissão cristã. O Senhor continuou ensinando que "vinho novo" é para ser colocado em "odres novos". Isto significa que as coisas novas relacionadas à adoração cristã devem ser encontradas em uma nova configuração, adequada a essa adoração. O Senhor também disse que quando alguém se acostuma com o vinho velho das coisas judaicas, e experimenta o vinho novo do cristianismo, acaba achando inicialmente que o velho é melhor (Lc 5:39). Por estar sentimentalmente ligada àquela ordem exterior de adoração, que tem um forte apelo para os sentidos, não é fácil para a pessoa desvencilhar-se disso.

Como já dissemos, a epístola aos Hebreus trata detalhadamente deste problema. Ela toma uma característica do judaísmo após outra e as compara com aquilo que agora temos no chamado  cristianismo, concluindo, quase que em todos os seus capítulos, que agora temos algo "melhor" (Hb 1:4; 6:9; 7:7, 19, 22; 8:6; 9:23; 10:34; 11:4, 16, 35, 40; 12:24).


O Sacerdócio de todos Crentes




🛐 O   S a c e r d ó c i o    d e    T o d o   S a l v o s

O significado da palavra "sacerdote" é "aquele que faz a oferta" (Hb 5:1; 8:3; 1 Pd 2:5). Um sacerdote é alguém que tem o privilégio de entrar na presença de Deus em lugar do povo. Na Nova Aliança o sacerdote exerce seu sacerdócio ao oferecer os sacrifícios de louvor a Deus, e ao apresentar as petições a Deus em oração (Hb 13:15; 1 Jo 5:14-15). Todavia, uma das causas da fraqueza e confusão que prevalece nas denominações é que, em muitos casos, o sacerdócio é considerado como um direito limitado a uma classe privilegiada de pessoas, algumas delas que nem sequer são salvas!
A verdade é que todos os cristãos são sacerdotes. É isto que as Escrituras ensinam. O livro de Apocalipse declara que os cristãos são feitos "sacerdotes para Deus" por meio da fé na obra consumada de Cristo na cruz (Ap 1:6; 5:10). A epístola de Pedro confirma isto, dizendo que "vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo" (1 Pd 2:5, 9). Além disso, a epístola aos Hebreus exorta todos os cristãos a se aproximarem de Deus além do véu, entrando no santuário ou "santo dos santos" (Hb 10:19-22; 13:15-16). O fato de dizer que o Senhor é o "Grande Sacerdote" ou "Sumo Sacerdote" implica que existe um grupo de sacerdotes que está abaixo dEle. Ele não presidiria como "grande" ou "sumo" sacerdote se não existissem sacerdotes sob Ele. Pela mesma razão, uma pessoa não seria chamada de líder de algum grupo de pessoas se não existissem pessoas para ele liderar. A exortação em Hebreus 10:19-22 visa encorajar os cristãos a se aproximarem de Deus e desempenharem seus privilégios sacerdotais.
Em cada uma das passagens do Novo Testamento onde o assunto do sacerdócio é tratado, não há qualquer menção -- nem uma sequer -- de que apenas alguns dentre os santos sejam sacerdotes. Tampouco existe em qualquer outro lugar do Novo Testamento algo semelhante. Quando o Novo Testamento fala de sacerdócio, ele se refere, sem exceção, a todos os crentes como constituídos com este privilégio. Além do mais, essas passagens não apenas nos falam que todos os cristãos são sacerdotes, como também aprendemos delas que somos sacerdotes com privilégios que vão além daqueles que tinham os sacerdotes da época do Antigo Testamento. Um sacerdote na Nova Aliança  pode aproximar-se da própria presença de Deus, no santo dos santos. Esse é um lugar aonde nenhum filho de Aarão podia entrar. Até mesmo quando Aarão, o sumo sacerdote em Israel, entrava uma vez por ano além do véu, ele não o fazia com ousadia, como podemos fazer agora. No dia da Expiação ele entrava ali com medo de morrer, mas nós podemos entrar "em inteira certeza de fé". Além disso, os sacerdotes da linhagem de Aarão prestavam um culto do qual pouco compreendiam. Eles não sabiam por que deviam fazer as coisas que lhes eram ordenadas. Mas nós temos um "culto racional" (Rm 12:1). Podemos desempenhar nossas funções sacerdotais com entendimento de tudo aquilo que fazemos na presença de Deus.
Portanto, considerando que as Escrituras ensinam que todos os cristãos são sacerdotes, e que todos nós temos igual privilégio de desempenhar nosso sacerdócio na presença de Deus, fica claro que não existe a necessidade de um clérigo para fazer isso pelos demais. Nas reuniões de adoração e oração (quando os cristãos exercitam seu sacerdócio), tudo o que precisamos é esperar no Espírito de Deus para que Ele dirija as orações e os louvores dos santos. Se permitirmos que Ele lidere na assembleia, no lugar que Lhe é de direito, Ele irá guiar um irmão aqui e outro ali a expressar de forma audível uma adoração e louvor, como quem fala por toda a assembleia. (Evidentemente entendemos que não somente desempenhamos nosso sacerdócio nas ocasiões em que estamos congregados em uma assembleia. A qualquer momento um cristão pode entrar na própria presença de Deus em oração e adoração e desempenhar seu papel de sacerdote. Mas no contexto deste  estamos falando de cristãos reunidos em uma assembleia para adoração e ministério).
Quando compreendemos a proximidade do relacionamento que todos os cristãos têm como parte do corpo e noiva de Cristo, podemos ver como a ideia de uma casta ministerial mais próxima de Deus do que os demais é totalmente incompatível com isso (Ef 2:13; 5:25-32). Se nós, como cristãos, adotarmos uma classe de pessoas assim, estaremos negando que somos capacitados, como sacerdotes, a oferecer sacrifícios espirituais a Deus. Na prática isso destrói os privilégios do cristianismo e, em certo sentido, restaura o judaísmo, ou ao menos nos leva de volta para aquele nível.
Enquanto algumas poucas denominações chegam ao ponto de possuírem um clérigo com o título de "Sacerdote" (dando a entender que os demais naquela denominação não o são), a maioria das igrejas chamadas evangélicas denomina seu clérigo de "Pastor" ou "Ministro". Isso faz pouca diferença, pois uma posição assim na igreja não está de acordo com a verdade das Escrituras. Trata-se de uma função puramente inventada pelo homem.

Quem deveria liderar a congregação?

Alguém poderá perguntar: "Se nos reunirmos do modo como foi sugerido no texto acima  anterior, quem iria liderar essas reuniões?".
Gostaríamos de responder dizendo que se nós realmente crermos que o Senhor Jesus está no meio, conforme prometeu, iremos desejar que Ele lidere e dirija por intermédio do Espírito. Quando Cristo subiu ao céu, enviou o Espírito Santo ao mundo para habitar na igreja justamente para isso (Jo 7:39; At 2:1-33). As principais funções do Espírito no cristianismo são: exaltar a Cristo, unir os membros do corpo de Cristo neste mundo à Cabeça no céu por meio de Sua presença na igreja, e guiar a igreja em todas as coisas, seja em adoração (Fp 3:3), oração (Ef 6:18; Jd 20; At 4:31), ministério (Jo 14:26; 16:13-15; 1 Co 12:11), ou evangelismo (At 8:29; 13:1-4; 16:6-7). A partir do momento em que o Espírito de Deus foi enviado ao mundo no dia de Pentecostes, será em vão procurarmos no Novo Testamento por algum dirigente humano além da soberana direção do Espírito Santo! É Ele quem deve liderar as reuniões da igreja.
Todos os grupos de cristãos dirão que contam com a presença do Espírito, mas para provar se cremos ou não na presença e no poder do Espírito basta ver se estamos permitindo que Ele dirija as coisas nas reuniões da igreja. O que as Escrituras exigem de nós é que tenhamos fé no poder do Espírito, deixando que Ele faça o Seu papel empregando quem Ele quiser para falar nas reuniões. A fé é essencial para todo aquele que deseja se reunir em conformidade com a ordem de Deus nas Escrituras, e isto não deveria causar surpresa em nós que somos cristãos, já que cada passo de nosso caminho deveria ser dado em fé. "A vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim" (Gl 2:20). E também, "o justo viverá da fé" (Gl 3:11).
Foi pelo poder do Espírito que Deus fez o mundo e tudo o que nele existe (Jó 26:13; 33:4; Gn 1:2), portanto podemos ter certeza de que Ele é capaz de liderar alguns cristãos congregados para adoração e ministério. Se tivermos Alguém tão grande e competente como é esta Pessoa divina presente no meio dos santos congregados, não precisaremos designar um homem para fazer o Seu serviço, não importa quão capacitada essa pessoa possa ser. C. H. Mackintosh escreveu: "Se Cristo está em nosso meio (Mt 18:20), por que ousaríamos pensar em colocar alguém para presidir? Por que não conceder a Ele o Seu lugar de direito e deixar que o Espírito de Deus nos lidere e nos dirija na adoração e no ministério? Não há qualquer necessidade de termos uma autoridade humana".
Todavia as denominações colocaram um homem (um "Pastor" ou "Ministro") para conduzir a adoração. Na Bíblia, porém, não encontramos que Deus jamais tenha colocado um pastor ou ministro para conduzir a adoração da igreja. Citando W. T. P. Wolston a esse respeito, "existe na cristandade a ideia de que pastor é alguém colocado para dirigir uma congregação. A ideia está na cabeça das pessoas, mas não nas Escrituras!" Se esta não é a ordem de Deus, então fica claro que deve ser uma invenção humana. Ter um homem colocado na assembleia para "ministrar" a ceia do Senhor certamente é um erro monstruoso, pois não existe qualquer sinal na Palavra de Deus de que um homem, nem mesmo um apóstolo, tenha sido designado para fazer isso. As Escrituras simplesmente dizem que os discípulos ajuntavam-se "para partir o pão" (At 20:7).
Ainda assim essa organização humana está tão disseminada na cristandade que pode ser encontrada desde a catedral de São Pedro em Roma até a menor capela evangélica. Ao invés dos crentes se congregarem para a adoração e o ministério somente em nome do Senhor, aguardando pela direção do Espírito para guiá-los, dificilmente é encontrada sequer uma reunião de oração em que não exista alguém (um líder da oração) designado para conduzi-la. O que é isso, senão o homem usurpando o lugar do Espírito Santo? Trata-se da triste consequência de se duvidar da presença pessoal do Senhor no meio dos santos. Designar um homem, por mais capacitado que seja, para liderar e conduzir as reuniões da assembleia é negar na prática a presença e o poder do Espírito Santo. Na verdade isto é até mesmo ignorar ou duvidar da competência do Espírito Santo para dirigir as reuniões. Quão triste é vermos que esse tipo de interferência humana colocou de lado a simplicidade da ordem divina. Que o Senhor possa livrar o Seu povo desse sistema de coisas que é tão contrário aos Seus pensamentos.


Títulos Lisonjeiros




👨🏻‍💼 T í t u l o s    L i s o n j e i r o s

As organizações eclesiásticas da cristandade não apenas criaram uma posição que não existe na Palavra de Deus, mas também adicionaram a ela vários títulos que tampouco encontramos nas Escrituras. Títulos como "Ministro", "Pastor" ou "Doutor em Divindade" são encontrados na maioria das denominações.

É certo que palavras como "ministro" e "pastor" são mencionadas na Bíblia, mas nunca são usadas como títulos. Como já dissemos, pastor é um dom, não um título clerical. O ensino da Palavra de Deus é este: "Que não faça eu acepção de pessoas, nem use de palavras lisonjeiras com o homem! Porque não sei usar de lisonjas; em breve me levaria o meu Criador". (Jó 32:21-22).

O Senhor Jesus disse: "Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi, porque um só é o vosso Mestre, a saber, o Cristo, e todos vós sois irmãos. E a ninguém na terra chameis vosso pai, porque um só é o vosso Pai, o qual está nos céus. Nem vos chameis mestres, porque um só é o vosso Mestre, que é o Cristo. O maior dentre vós será vosso servo. E o que a si mesmo se exaltar será humilhado; e o que a si mesmo se humilhar será exaltado" (Mt 23:8-12). Todavia, mesmo que as Escrituras digam isso com total clareza, algumas denominações chamam seus clérigos de "Padre", que vem do latim e significa "Pai".

Como já foi mencionado, algumas organizações eclesiásticas usam o título "Doutor". A palavra "doutor" vem do latim docere, que significa ensinar. Portanto, um doutor é um mestre. Mas isto é uma das coisas que o Senhor disse que não deveríamos usar para nos identificarmos uns aos outros! Quando um homem é apresentado a uma audiência como "Doutor Fulano", a implicação que isso tem é que suas palavras têm autoridade por causa do grau de conhecimento que ele alcançou. Obviamente algo assim não tem qualquer fundamento nas Escrituras. Não estamos dizendo aqui que seja errado ter o título de "Doutor" nas profissões seculares, mas trata-se de algo que não tem lugar nas coisas de Deus.

Algumas denominações chegam ao ponto de usarem o título "Reverendo". Todavia, a Bíblia, na versão inglesa, diz que "reverend" ("reverendo") é o nome do Senhor! O Salmo 111:9 da versão inglesa King James, traduzido para o português, diz: "Santo e reverendo é o seu nome". Acaso seria correto o homem usar um termo que é atribuído ao Senhor como um título para si mesmo? É claro que não.

Quando os moradores da Licaônia tentaram atribuir a Barnabé e Paulo títulos elevados, eles se recusaram a recebê-los, dizendo: "Senhores, por que fazeis essas coisas? Nós também somos homens como vós, sujeitos às mesmas paixões" (At 14:15). Semelhantemente, hoje todo servo do Senhor deveria recusar títulos lisonjeiros. A Palavra de Deus ensina que pastor é apenas mais um dentre os muitos dons dados por Cristo (Ef 4:11). Por que alguém iria querer elevar especificamente este dom na igreja, ao ponto de transformá-lo em um título oficial que ocupasse um lugar de preeminência sobre os outros dons? Não existe uma linha sequer nas Escrituras que indique que a igreja deveria fazer algo assim.

Para mais informações acesse:

● "VOCÊ É PASTOR? DA ONDE VOCÊ TIROU ESTA IDÉIA?"

http://danielduarteestudobiblico.blogspot.com/2019/10/voce-e-pastor-da-onde-voce-tirou-esta.html?m=1

● Títulos Eclesiásticos

http://danielduarteestudobiblico.blogspot.com/2019/09/titulos-eclesiasticos.html

Etc.

● "VOCÊ É PASTOR? PASTOR NÃO É UM TÍTULO | ESTUDO O BOM PASTOR"

https://youtu.be/l9VTpZevJlM

● "Irmãos com Dons na igreja Local. A Liderança Como fica?"
https://youtu.be/mQyfLaM0cxE

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

A imposição das mãos é uma ordenança clerical?




🙌🏻 A   i m p o s i ç ã o   d e   m ã o s    é    u m a    o r d e n a ç ã o    C l e r i c a l?

O que dizer de Atos 13:1-4? "E na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé e Simeão chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes o tetrarca, e Saulo. E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado. Então, jejuando e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram". A passagem parece demonstrar ser necessário que alguém, até mesmo um apóstolo, seja ordenado antes de sair para pregar.

Muitas das ideias que as pessoas têm sobre os assuntos divinos vêm da leitura casual da Palavra de Deus. Elas nem sempre se dedicam a buscar as Escrituras com atenção e oração, antes de chegarem às suas conclusões. Este assunto da imposição de mãos é um excelente exemplo disso. Não temos autoridade para dizer que Atos 13:1-4 esteja se referindo a uma ordenação. Ali não diz ser uma ordenação, e a palavra (ordenar) nem sequer aparece na passagem. Ela menciona a imposição de mãos, mas não passa de suposição achar que uma ordenação seja feita pela imposição de mãos. Sempre que a Bíblia menciona que anciãos foram ordenados, não há qualquer menção de que isso tenha sido feito com a imposição de mãos! Pode até ser que houvesse imposição de mãos sobre aqueles que eram ordenados, mas as Escrituras não mencionam isso. Pode ser também que os apóstolos (ou os que foram autorizados por eles) tenham feito uma porção de coisas quando ordenaram anciãos, mas seria pura suposição de nossa parte afirmar que fizeram essas coisas, já que as Escrituras não mencionam isso. William Kelly escreveu: "Não tenho dúvida de que o Espírito de Deus sabia da superstição que seria associada à imposição de mãos anos mais tarde na história da igreja, por isso tomou o cuidado de nunca associar a imposição de mãos com a ordenação de anciãos... Eu insisto que, nesta questão de ordenação, a cristandade não percebeu a intenção e o pensamento de Deus, e agora se agarra a uma ordem de coisas que inventou e que não passa de desordem, fazendo isso por ignorância, mas não sem a responsabilidade por seu pecado.

Em Atos 11:25-26 e 12:25 fica claro que Barnabé e Saulo já estavam no ministério antes que os de Antioquia impusessem as mãos sobre eles. Paulo não foi colocado no ministério, como apóstolo, por meio da imposição de mãos daqueles homens. Ele disse que foi o Senhor quem o colocou. Ao escrever a Timóteo, ele disse: "E dou graças ao que me tem confortado, a Cristo Jesus Senhor nosso, porque me teve por fiel, pondo-me no ministério" (1 Tm 1:12). Ele não recebeu seu apostolado de homens. Ao escrever aos gálatas, ele disse: "Paulo, apóstolo (não da parte dos homens, nem por homem algum, mas por Jesus Cristo, e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos)" (Gl 1:1).

Se a imposição de mãos que vemos em Atos 13 tivesse sido uma ordenação, então quem os ordenou? Simeão, chamado Níger, Lúcio, Manaém, e talvez outros ali? Esses eram profetas e mestres, dons que têm o segundo e terceiro lugares na igreja (1 Co 12:28). Se eles ordenaram os apóstolos, então o menor ordenou o maior. Não pode ser. William Kelly escreveu: "Acaso o apóstolo Paulo considera a imposição de mãos de outros como ordenação para seu ofício especial? Com toda certeza podemos crer que não. Se fosse este o caso, por que ele não fez menção desta ocasião e da imposição de mãos quando reivindicou seu direito de apóstolo? (1 Co 9:1; 2 Co 11:5; 12:12)".

Atos 14:26 explica o que realmente aconteceu quando as mãos de outros em Antioquia foram impostas sobre Barnabé e Saulo. Ali diz: "E dali navegaram para Antioquia, de onde tinham sido encomendados à graça de Deus para a obra que já haviam cumprido". Isto demonstra que os irmãos em Antioquia haviam estendido a eles "as destras, em comunhão" (Gl 2:9). Eles tinham dado a Barnabé e Saulo total comunhão e suporte na obra que estavam para executar. Talvez tenha sido incluída uma ajuda prática ou financeira, além de suas contínuas orações por eles durante a jornada, apesar de as Escrituras não mostrarem estes detalhes. Não existe nada em Atos 13:1-4 que dê a entender que Barnabé e Saulo tenham sido ordenados para ocupar uma posição clerical.

Além disso, o ato de encomendarem Paulo à graça de Deus foi repetido. Aquilo era algo que os irmãos faziam para os servos do Senhor cada vez que eles saíam em uma nova obra para pregarem o evangelho (At 15:40; Gl 2:9). Isto certamente comprova que não se tratava de uma ordenação, pois mesmo aqueles que pensam enxergar uma ordenação em Atos 13 não acreditam que uma pessoa precise ser reordenada a cada um ou dois anos.

Oras, se a ordenação de alguém é capaz de validar o poder que designou aquela pessoa, e as Escrituras não autorizam qualquer poder de ordenar exceto o exercido por um apóstolo ou um enviado seu, então fica claro que aqueles que hoje tentam ordenar não têm poder de Deus para isso. Um irmão, que outrora se submeteu ao sistema humano da ordenação, coloca muito bem a questão: "Eles impuseram suas mãos vazias sobre minha cabeça oca!".

Então, o que dizer de 1 Timóteo 4:14, que admoesta: "Não desprezes o dom que há em ti, o qual te foi dado por profecia, com a imposição das mãos do presbitério [anciãos]"? Esta passagem também mostra a imposição de mãos, porém mais uma vez não há qualquer menção de ordenação. Trata-se de uma suposição na mente das pessoas. A passagem é bem simples. Timóteo tinha um dom do Senhor; e era um dom que fora profetizado por um profeta (ou profetas), de que Timóteo seria usado pelo Senhor no exercício desse dom. Os anciãos reconheceram o dom que ele havia recebido do Senhor e estenderam a ele as destras de comunhão em seu trabalho. Paulo escreveu a Timóteo exortando-o a não negligenciar esse dom, trazendo à sua memória que outros (os anciãos) também o estavam apoiando com seu suporte. Aquilo deve ter sido um tremendo encorajamento para Timóteo.

Mais alguém poderia argumentar:

"Mas na Biblia as pessoas eram ordenadas!"

É comum as pessoas argumentarem que na Bíblia as pessoas eram ordenadas. Sim, a Bíblia nos diz que Paulo e Barnabé ordenaram anciãos de cidade em cidade em uma de suas jornadas missionárias (At 14:23). Mas nas Escrituras não existe uma única evidência sequer de que Paulo, Barnabé, Tito etc. tenham ordenado um pastor, mestre ou evangelista! Pela mesma razão, tampouco há nas Escrituras evidência de que eles tenham ordenado algum profeta ou sacerdote! Não existe qualquer indício de pessoas assim terem sido ordenadas. Onde, na Palavra de Deus, as igrejas denominacionais se baseiam para fazer isso? Cabe aqui uma citação de W. T. P. Wolston: "A ideia está na cabeça das pessoas, e não nas Escrituras". Se essa fosse a vontade de Deus para a igreja, Ele teria nos dado instruções acerca disso em Sua Palavra.

Todavia, é verdade que homens que tinham um dom foram ordenados, mas não com o propósito de levarem adiante o ministério para o qual seu dom os capacitava! Aqueles que eram ordenados pelo apóstolo (ou por alguém autorizado pelo apóstolo) eram designados para ocuparem oficialmente o posto de presbítero (ancião ou guia). Considerando que todos têm um dom, aqueles homens certamente também tinham um dom. Alguns deles poderiam ter o dom de pastor ou mestre (doutor) (1 Tm 5:17), porém insistimos que sua ordenação não era para o exercício do dom, e sim para o ofício para o qual tinham sido designados.

Então Hoje não  existe  mais ordenação?

As assim chamadas "igrejas" das quais temos falado, usam a prática da ordenação para aprovar oficialmente uma pessoa para ministrar entre eles. Porém isso não é encontrado nas Escrituras. Se alguns cristãos criam uma organização à qual dão o nome de "igreja", com seus próprios credos e regras administrativas, obviamente ninguém ali estará livre para ministrar, a menos que seja oficialmente aprovado.

Geralmente é assim que funciona, pois isso faz parte do sistema que eles organizaram. Se alguém quiser ser um ministro nessa denominação, terá de se sujeitar às suas leis e regras. Mas tudo isso só comprova que essas organizações realmente não passam de divisões.

Apesar da maioria dos cristãos acreditarem que tal pessoa deva ser ordenada antes de poder ministrar na igreja, não existe na Bíblia uma só pessoa que tenha sido ordenada por homens para pregar a Palavra para a igreja! Nem sequer uma! Já está na hora de voltarmos às práticas bíblicas neste sentido.

Existem anciaos hoje?

Alguns poderiam perguntar: "Acaso isto significa que você não acredita na existência de anciãos?" Embora não tenhamos hoje alguém autorizado a ordenar anciãos, não devemos pensar que o trabalho deles não continue. Se assim fosse, ao levar os apóstolos para o céu Deus teria deixado as assembleias locais sem uma direção. O Espírito Santo continua levantando homens para efetuarem este trabalho (At 20:28). Geralmente em uma reunião de cristãos congregados de acordo com as Escrituras há homens que se incumbem dessa obra. Eles serão identificados pelo trabalho que executam e devem ser reconhecidos por isso, ainda que não tenham sido oficialmente ordenados para tal ofício. Nossa obrigação é:

Reconhecê-los (1 Ts 5:12; 1 Co 16:15).

Estimá-los (1 Ts 5:13).

Honrá-los (1 Tm 5:17).

Lembrarmo-nos deles (Hb 13:7).

Imitarmos sua fé (Hb 13:7).

Obedecê-los (Hb 13:17).

Sujeitarmo-nos a eles (Hb 13:17).

Saudarmos a eles (Hb 13:24).

Todavia, em nenhum lugar nas Escrituras é dito que a igreja deve ordená-los, simplesmente porque a igreja não tem poder para fazê-lo. O Espírito de Deus deixou claro que previa uma época quando os apóstolos não estariam no mundo para ordenar ancião, por isso nos deixou princípios na Palavra que nos ajudassem a reconhecer aqueles que o próprio Espírito levantou para levar adiante esse trabalho na assembleia local. Paulo escreveu a pelo menos duas assembleias nas quais não havia anciãos ordenados. Mesmo assim, ao dirigir-se a elas, ele apontou um princípio de que deveriam existir alguns irmãos nessas assembleias que efetuariam este trabalho. Isto nos serve como um excelente guia para os dias de hoje, quando já não dispomos de uma ordenação oficial de anciãos.

Ao escrever aos coríntios, Paulo disse a eles que reconhecessem os da casa de Estéfanas e outros semelhantes a eles, "que se tem dedicado ao ministério dos santos". Paulo disse-lhes que os reconhecessem como líderes e se sujeitassem a eles (1 Co 16:15-18).

Ao escrever aos tessalonicenses, Paulo lhes disse que reconhecessem aqueles que trabalhavam entre eles para o bem da assembleia. Eles seriam identificados por seu trabalho em meio ao rebanho. Consequentemente, a assembleia devia tê-los "em grande estima e amor, por causa da sua obra" (1 Ts 5:12-13).

William Kelly escreveu: "O que fazer então? Será que não existem pessoas preparadas para serem bispos ou anciãos, só por não existirem apóstolos para designá-los? Graças a Deus, existem e não são poucos! Dificilmente você encontrará uma assembleia dos filhos de Deus onde não existam alguns homens mais velhos e responsáveis, que saem atrás dos que se desviam, que advertem os indisciplinados, que confortam aqueles que estão abatidos, que aconselham, admoestam e apascentam as almas. Acaso não seriam eles os anciãos, se ainda existisse poder e autoridade para ordená-los? Portanto, qual é o dever de um cristão, dentro da atual realidade e daquilo que ainda nos cabe? Não digo que deva chamá-los de anciãos, mas certamente deverá estimá-los com alta estima por causa de seu trabalho, e amá-los e reconhecê-los como aqueles que cuidam de seus irmãos no Senhor".

O que pensam disso os "Pastores" e "Ministros"?

É provável que alguém pergunte ao "Pastor" de sua denominação a respeito destas coisas, e acabe escutando que tudo o que dissemos aqui está errado. É compreensível. O mais provável é que ele não aceite estas verdades, pois elas condenam a própria posição que ocupa. Se estas coisas fossem reconhecidas, que impacto elas não teriam sobre um homem ocupando uma posição de "Pastor"! Em virtude de seu "ministério" ser exercido como uma profissão, as consequências práticas para ele, caso aceitasse estas verdades, seriam a perda de seu salário regular. É bastante improvável que alguém numa posição assim venha a admitir estas coisas.
Não estamos insinuando com isto que os assim chamados "Pastores" e "Ministros" estejam no "ministério" apenas pelo emprego. Eles podem muito bem estar fazendo seu trabalho conscientemente, mas abandonar um posto assim traria grande prejuízo para alguém nessa condição. Se o cristão comum quiser abandonar a ordem de coisas existente nas igrejas e que foi criada pelo homem, para viver segundo o cristianismo bíblico, ele não terá muito a perder, se comparado a um clérigo. Mesmo assim, se um clérigo for fiel à Palavra de Deus e agir em obediência ao Senhor, Deus irá cuidar dele, pois Ele prometeu: "Aos que me honram honrarei" (1 Sm 2:30; 2 Cr 25:9).


www.youtube.com.br/c/DanielDuarteejs

  A Igreja de Deus nos dias de hoje



Sem dúvida alguma, os cristãos (na maioria) de hoje estão confundidos acerca da Igreja.

Existem centenas de denominações em todo o mundo, e todas presumindo ser a "igreja" verdadeira. O popular slogan "vá à 'igreja' que mais lhe agrade" aceita esta condição e supõe que a Palavra de Deus seja falha em nos dar uma provisão adequada para estes tempos, guiando-nos em meio à confusão que reina na cristandade.

Mas, será que o Senhor Jesus queria deixar Seus seguidores sinceros em um tal estado de confusão? Vamos diretamente às Escrituras para mostrar o que Deus nos diz a respeito de Sua Igreja nos dias de hoje.

A primeira epístola a Timóteo apresenta a "Casa de Deus" (1 Tm 3:15) de acordo com o pensamento de Deus. A segunda epístola apresenta "a Casa" quando esta foi arruinada pelo fracasso do homem e, em sua ruína, ficou semelhante a uma "grande casa" na qual "não somente há vasos de ouro e de prata, mas também de pau e de barro; uns para honra, outros, porém, para desonra" (2 Tm 2:20).

O crente que uma vez tenha visto a verdade da Igreja ou assembléia (Não me refiro a denominação) como a Casa de Deus, tal como ensinam as Escrituras, talvez não encontre nada ao seu redor que corresponda ou se ajuste a esta verdade. O que mais vemos na cristandade é uma "grande casa" na qual há vasos, uns para honra e outros para desonra. Será que a Palavra de Deus dá instruções para o Seu povo em condições como estas? Sim, ela mesma nos dá a resposta.

Se desejamos andar neste mundo de acordo com o propósito de Deus, devemos aprender que, por maior que seja nossa inteligência natural, por mais que nossa mente tenha sido instruída, por maior que seja nosso conhecimento das Escrituras, e por mais sinceros que sejam nossos desejos, se confiarmos em nossa inteligência não poderemos achar a senda de Deus para o Seu povo, em meio à confusão reinante na cristandade. Não somos capazes de encontrar o caminho por nós mesmos em meio às crescentes dificuldades, tamanha é a contínua oposição à verdade, ou de nos desembaraçarmos das várias questões e dificuldades que continuamente surgem.

Após reconhecermos claramente nossa total incompetência, poderemos aprender que não cabe a nós encontrar nosso caminho como melhor possamos fazê-lo, e que Deus nunca esperou de nós que tivéssemos alguma sabedoria ou capacidade em nós mesmos para andar de acordo com os Seus pensamentos. Bem podia o Senhor dizer a nosso respeito: "Sem Mim nada podeis fazer" (Jo 15:5). 

Deus tem feito provisão para que conheçamos a Sua vontade. Há três coisas que devemos recordar: 

1. Temos uma Cabeça no céu: Cristo na glória é a Cabeça de Seu Corpo, a Igreja; e toda a sabedoria está na Cabeça. Não temos nenhuma sabedoria em nós mesmos. É de extrema importância deixarmos nossas próprias "cabeças" e olharmos para Cristo como "a Cabeça" que nos guia. Se confiarmos em nossas próprias "cabeças", não estaremos, na prática, "ligados à Cabeça" (Cl 2:19). 

2. O Espírito Santo, uma Pessoa divina, está na Terra. O Senhor sabia que o Seu povo não seria capaz de manter-se, por si mesmo, em um mundo do qual Ele estaria ausente. Antes de partir, Ele disse: "E Eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre; o Espírito de verdade... Esse vos ensinará todas as coisas" (Jo 14:16,17,26). A defesa e a manutenção desta verdade não dependem dos crentes, mas da presença contínua do Espírito de verdade. 

3. Temos a Santa Escritura que, "divinamente inspirada, é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra" (2 Tm 3:16,17), e que nos mostra "como convém andar na Casa de Deus, que é a Igreja de Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade" (1 Tm 3:15). Mas, numa época em que a Casa de Deus foi convertida em uma ruína e quando já não temos mais a realidade da verdade, o homem de Deus ainda pode recorrer à infalível autoridade das Escrituras, por meio das quais pode verificar todas as coisas.   Contudo, em hipótese alguma a ruína do cristianismo, qualquer que seja o seu grau, poderá alterar a Cristo, ao Espírito Santo, ou as Escrituras.

Cristo continua sendo a Cabeça no céu, com toda a sabedoria necessária para o Seu povo, tanto para estes últimos tempos, como o foi nos primeiros dias da cristandade. O Espírito Santo habita entre (e com) os que crêem com inalterável poder para guiar e reger. As Sagradas Escrituras permanecem com sua autoridade suprema e inalterável. 
 Não obstante, a cristandade, na maoiria , tem posto de lado a Cristo, ao Espírito Santo e as Escrituras.

Os grandes sistemas religiosos dos homens têm retido o nome de Cristo, enquanto têm abolido a Cristo como Cabeça no céu, nomeando-se cabeças terrenas. Roma tem seu Papa; a "igreja" grega, seu Patriarca; as "igrejas" protestantes, seus reis, arcebispos, presidentes ou moderadores. Por conseguinte, nesses grandes sistemas, pouco ou nenhum lugar é deixado ao Espírito.

A máquina religiosa e os artifícios carnais do homem têm excluído o Espírito. E finalmente, os homens têm lançado o mais implacável ataque contra as Escrituras, manipulando-as a seu bel-prazer, até ao ponto de não restar quase nenhuma seita na cristandade que mantenha certo grau de reconhecimento de que TODA a Escritura é "divinamente inspirada" (2 Tm 3:16). 

O que devemos fazer? As Escrituras nos respondem definitivamente o que nós devemos manter e como devemos atuar sobre dois grandes princípios: 

1. Separação de tudo o que é contrário à verdade de Deus - Tudo quanto seja uma negação da verdade da Igreja; tudo quanto negue a Cristo como sendo a única Cabeça de Sua Igreja; tudo quanto negue ao Espírito Santo como sendo nosso todo suficiente guia, e tudo quanto negue as Escrituras como sendo nossa absoluta autoridade, a qual permanece imutável. 

2. Associação com tudo quanto está de acordo com Deus - Depois de termos nos apartado do mal, as Escrituras insistem neste outro ponto igualmente importante. Em poucas palavras, "cessai de fazer o mal, aprendei a fazer o bem" (Is 1:16,17). 

O que nos dizem as Escrituras quanto à separação do mal? Todos devemos admitir que a separação deste mundo ímpio foi sempre necessária para o povo de Deus em todos os tempos; todavia neste tempo em que a cristandade encontra-se corrompida, temos instruções especiais para uma separação em três aspectos: 

1. Separação de todo sistema religioso, que é uma negação da verdade de Cristo e da Igreja. "Saiamos, pois, a Ele fora do arraial, levando o Seu vitupério" (Hb 13:13). O arraial (ou acampamento) era o sistema judaico estabelecido originalmente por Deus. Era composto de um povo em um relacionamento exterior com Deus, com uma ordem terrena de sacerdotes. É evidente que os sistemas religiosos da cristandade foram formados sob o modelo do arraial ou acampamento. Geralmente são compostos de uma mistura de convertidos e inconversos. Tais sistemas são, definitivamente, de um apelo ao homem natural, pois têm seus santuários terrenos, seu ritual e sua ordenação humana de sacerdotes ou líderes que se colocam entre o povo e Deus. E assim, imitando o arraial ou acampamento, os cristãos puseram de lado a Cristo como a Cabeça, ao Espírito Santo como guia, e as Escrituras como autoridade. Se quisermos dar a Cristo o Seu verdadeiro lugar, devemos, em obediência à Palavra de Deus, sair "a Ele, fora do arraial, levando o Seu vitupério" (Hb 13:13). 

2. As Escrituras também nos ensinam, de uma maneira muito clara, a separação da má doutrina. "Qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniqüidade" (2 Tm 2:19). Todo aquele que confessa o nome do Senhor, por sua profissão de fé, identifica-se com o Senhor, e é responsável de apartar-se da iniqüidade. Está bem claro que esta passagem está se referindo à "iniqüidade" como sendo más doutrinas. Não devemos associar a iniqüidade com o nome de Cristo. Pode ser que seja muito custoso agora nos separarmos da iniqüidade, mas qual é a estima que temos de Cristo? 

3. Estas mesmas Escrituras nos pedem para nos separarmos de pessoas más. 2 Timóteo 2:20 nos fala de "vasos para honra e vasos para desonra", e o versículo seguinte diz que devemos nos purificar dos vasos para desonra, para sermos vasos para honra, "santificado e idôneo para uso do Senhor" (2 Tm 2:21). Aqui está se referindo às pessoas e não meramente a doutrina. Em outras palavras, à medida que nos separamos destes vasos - pessoas, não apenas suas doutrinas - somos santificados e feitos úteis para uso do Senhor. Não é suficiente o não apoiar suas doutrinas, pois só pelo fato de se estar associado a eles há contaminação com o mal. Todos os esforços possíveis têm sido feitos, na cristandade, para debilitar a força desta passagem. 

Assim, as Escrituras nos ensinam, com toda evidência, a separação dos sistemas os quais são uma negação da verdade; das falsas doutrinas, que negam a verdade, e dos vasos para desonra, pessoas que não praticam a verdade.   A separação, ainda que necessária, é sempre negativa, mas deve ter também algo que seja positivo. Isto nos leva ao segundo e grande princípio: associação com o bem. Devemos seguir "a justiça, a fé, o amor, e a paz com os que, com um coração puro, invocam o Senhor" (2 Tm 2:22). 

Primeiro deve haver a justiça ou retidão. Qualquer que seja a profissão de fé que o homem faça, se não há nenhuma evidência de justiça prática, não pode estar de acordo com Deus. Mas a justiça não é bastante; o que é justo e o que é injusto não são suficientes para determinar o caminho do cristão. Ele deve, por princípio, fazer o que é justo, mas para andar com desembaraço no caminho do Senhor se requer fé. Portanto, com a justiça, deve haver a fé. E a justiça e a fé preparam caminho para o amor. Se o amor não é garantido pela justiça e pela fé, se degenerará em mero afeto humano, o qual será usado como desculpa para não se atuar com firmeza e para passar por alto o mal. Logo estas qualidades conduzem à paz - não a uma paz desonrosa que faz compromisso com o mal, com a incredulidade e com a inimizade, mas uma paz honrosa, que resulta da justiça, da fé e do amor. 

Se seguirmos assim estas preciosas qualidades, encontraremos outros fazendo o mesmo - aqueles "que, com um coração puro, invocam o Senhor" - com os quais devemos nos associar. A separação não significa o isolamento. As Escrituras nos mostram que sempre haverá aqueles com os quais poderemos estar associados ou reunidos.

Portanto, estas passagens das Escrituras fornecem, ao povo de Deus, instruções precisas para os dias de hoje. Não nos sugerem, nem uma só vez, que saiamos fora da Casa de Deus. Para fazê-lo, teríamos que sair totalmente fora deste mundo. Mas do mesmo modo que não podemos sair da Casa, somos responsáveis de nos apartarmos do mal que há dentro da Casa. Não nos é dito que voltemos a construir a Casa. 

É, portanto. nossa responsabilidade, andarmos na luz do que foi no princípio, e que aos olhos de Deus ainda existe, e isto apesar de todo o fracasso do homem. Estas três coisas são necessárias: 

- O reconhecimento de Cristo como "a Cabeça".

- O governo e guia do Espírito Santo.

- O atuar de acordo com as Escrituras. 

"Cristo amou a Igreja e a Si mesmo Se entregou por ela" (Ef 5:25). Querido leitor, está o seu coração pronto para corresponder a isto?

JESUS ​​NÃO FOI PREGADO EM UMA CRUZ EM FORMA DE "T"; FOI REALMENTE PREGADO EM UMA MADEIRA: UM POSTE VERTICAL.

JESUS ​​NÃO FOI PREGADO EM UMA CRUZ EM FORMA DE "T";  FOI REALMENTE PREGADO EM UMA MADEIRA: UM POSTE VERTICAL. Como mostramos no c...