domingo, 8 de dezembro de 2019

A GUARDA DO SÁBADO





O sábado é mencionado frequentemente na Bíblia, especialmente no Velho Testamento. Estas constantes menções indicam que o assunto é muito importante e merece um estudo cuidadoso.
Em nossos dias é um assunto polémico, mas nem por isso devemos deixar de examiná-lo. Devemos, sim, deixar de lado o que os homens falam e considerar o que as Escrituras Sagradas dizem a respeito. Vamos observar primeiramente o que a Bíblia revela sobre

A História do Sábado
Embora não encontremos a palavra "sábado", na Bíblia, até chegarmos em Êxodo capítulo 16, cerca de 2.500 anos depois de Adão, a doutrina do sábado começa com a criação do homem, quando Deus trabalhou seis dias e no sétimo dia descansou de toda a Sua obra. “E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou" (Gn 2.3).
Apesar do silêncio da Palavra de Deus quanto ao sábado, nos primeiros 2.500 anos da história humana, é provável que os fiéis o observassem durante aquele tempo. Quando Israel estava no deserto, Deus lhes deu o maná durante seis dias e avisou que no sétimo dia não haveria maná, pois aquele dia era "o santo sábado do Senhor" (Ex 16.23). Esta declaração, sem nenhuma explicação, leva-nos a crer que o sábado não lhes era desconhecido. Notemos, a seguir,
O Sábado Dado a Israel
Nos dias de Moisés o sábado foi dado à nação de Israel (Ex 16.29) e a partir daquele tempo a sua história fica mais clara. Ele foi incluído nas leis da aliança que Deus fez com Israel, sendo escrito pelo dedo de Deus na tábua de pedra, e também por Moisés no livro da lei (Ex 24.4; Dt 31.24).
Entre as outras leis, o sábado assumiu um lugar destacado para Israel, pois Deus o deu por sinal da aliança. Assim como Deus estabeleceu a circuncisão como sinal da aliança que fez com Abrão (Gn 17.11), o sábado foi estabelecido como sinal da aliança entre o Senhor e Israel (Ex 31.13,17 e Ez 20.12).
O sábado não foi dado às outras nações, mas exclusivamente a Israel, como sinal da sua posição privilegiada, em concerto com o Senhor. Este facto é confirmado quando Moisés exortou o povo e disse: “E que gente há tão grande, que tenha estatutos e juízos tão justos como toda esta lei que hoje dou perante vós?” (Dt 4.8). A lei, incluindo o sábado, foi dada com exclusividade a Israel. Notemos, ainda,
O Sábado Ampliado
Ao dar o sábado a Israel, Deus o ampliou. A partir daquele tempo o sábado não seria apenas o sétimo dia de cada semana: mais dias além do sábado seriam “sábados do Senhor”. O Dia da Expiação, por exemplo, que é o décimo dia do sétimo mês, seria “sábado de descanso” (Lv 16.29-31), mas este dia poderia cair no começo, no meio, ou no fim da semana, dependendo do ano.
A terra também teria o seu sábado. O povo poderia cultivar a terra seis anos, mas o sétimo seria “sábado de descanso para a terra, um sábado ao Senhor” (Lv 25.4). Naquele ano não poderiam semear o campo, nem podar a vinha. Mas convém que notemos, agora,
O Sábado Profanado
Israel foi infiel; não guardou os sábados ao Senhor. Profanou o sábado ainda no deserto, antes mesmo de entrar na terra prometida.
Referindo-se àqueles anos no deserto, Deus disse: "Também lhes dei os meus sábados... mas... Israel se rebelou contra mim no deserto... e profanaram grandemente os meus sábados” (Ez 20.12-13). Após a entrada na terra, a avareza levou o povo a considerar o sábado como um peso desagradável e difícil de suportar. Diziam: “Quando passará o sábado, para abrirmos os celeiros de trigo, diminuindo o efa, e aumentando o siclo”(Am 8.5). Tal hipocrisia era insuportável a Deus e a repreensão veio nas palavras do profeta: “O incenso é para mim abominação... e os sábados; ... não posso suportar iniqüidade, nem mesmo o ajuntamento solene" (Is 1.13).
O Sábado Interrompido
Por causa daquela iniquidade e hipocrisia, Deus tirou de Israel os Seus sábados. Ele disse, por intermédio do profeta: Farei cessar todo o seu gozo, as suas festas, as suas luas novas, e os seus sábados...”(Os 2.11). Ele afirmou ainda, através de Jeremias: “O Senhor em Sião pôs em esquecimento a solenidade e o sábado, e na indignação da Sua ira rejeitou com desprezo o rei e o sacerdote” (Lm 2.6).
O Sábado Reestabelecido
Apesar da profanação do sábado por parte de Israel, Deus não abandonou o Seu propósito. Ele ainda há de restaurar o Seu povo e esta nação ainda guardará os sábados ao Senhor. As promessas feitas a Abrão serão cumpridas e o sábado será observado. Descrevendo aqueles dias gloriosos que ainda estão por vir, Ezequiel fala dos holocaustos e das ofertas que serão trazidas nas luas novas e nos sábados (Ez 45.17). O mesmo profeta fala da porta do átrio interior do templo que será reconstruído e diz que “estará fechada durante os seis dias, que são de trabalho; mas no dia de sábado ela se abrirá” (Ez 46.1; veja também Ez 46.3, 4, 12). Agora, voltemos a nossa atenção para
Um Detalhe Importante
Considerando a história do sábado, é importante observar que não há mandamento algum para a igreja guardar o sábado. E isto não é uma omissão. Deus não omitiu da Sua Palavra coisa alguma que fosse necessária ao Seu povo (veja 2 Tm 3.17). Longe de apresentar qualquer mandamento para guardar o sétimo dia, o Novo Testamento mostra que o cristão que estima um dia acima do outro é um cristão fraco (Rm 14.1-6). Reforçando isto, Paulo disse, escrevendo aos Colossenses: “Portanto ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados” (Cl 2.16).
Vemos, ainda, que, na carta aos Gálatas, escrita a igrejas que estavam começando a guardar dias, Paulo disse: “... Agora, conhecendo a Deus... como tornais outra vez a estes rudimentos fracos e pobres, aos quais de novo quereis servir? Guardais dias... receio de vós, que não haja trabalhado em vão para convosco” (Gl 4.9-11). Esta preocupação do apóstolo com relação aos gálatas deixa muito claro que o cristão que guarda o sábado, ou qualquer outro dia, está cometendo um erro gravíssimo e está jogando por terra a obra que Deus está fazendo.
O Propósito e o Significado do Sábado
Um dia, quando o Senhor passava pelas searas, com Seus discípulos, estes começaram a colher espigas e foram severamente criticados pelos fariseus (veja Marcos 2.23-28). Respondendo as críticas, o Senhor afirmou ser o Senhor do sábado e revelou, pelo menos em parte, o propósito do mesmo.
Para o Homem
Ele disse: “O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado” (v. 27). O sábado nunca foi uma restrição, ou uma exigência pesada que Deus impôs ao homem, mas sim uma bênção. Deveria ser uma ocasião alegre e benéfica para o homem.
No Velho Testamento vemos a maneira como este dia deveria ser uma bênção para o homem. Traria benefícios físicos, pois seria um dia de descanso depois de seis dias de trabalho (Êx 20.10). Quando esta lei foi dada a Israel, Deus relacionou este descanso semanal com a Sua própria obra na criação: “Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar, e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou: portanto abençoou o Senhor o dia de sábado, e o santificou”(Êx 20.11).
Quando, porém esta lei foi repetida na campina ao oriente do Jordão, Deus mencionou outro propósito do sábado. “Guarda o dia de sábado...seis dias trabalharás... mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás nenhuma obra nele...Porque te lembrarás que foste servo na terra do Egito, e que o Senhor teu Deus te tirou dali com mão forte e braço estendido” (Dt 5.l2-13).
O sábado, portanto, seria um dia de descanso físico e também seria um dia de recordação das bênçãos recebidas do Senhor. Seria uma bênção para o corpo e também para a alma.
Para Deus
Foi de facto uma dádiva preciosa que Deus deu ao povo de Israel (Êx 16.29), mas convém observar que não é somente “o sábado do Senhor” (Êx 16.23), é também “um sábado ao Senhor” (Êx 31.15). Ao mesmo tempo que proporcionava descanso e refrigério ao homem, deveria proporcionar algo também a Deus. Ao deixar de lado a preocupação com as coisas materiais, o homem deveria ocupar-se com as coisas espirituais, e assim Deus receberia adoração e louvor.
Além do propósito imediato de proporcionar ao homem descanso e trazer a Deus honra e louvor, havia algo mais, na celebração do sétimo dia. Era uma sombra “das coisas futuras” (Cl 2.17). Vejamos vários aspectos disto.
O Descanso em Canaã
Logo que o pecado entrou no jardim do Eden, o descanso de Deus foi interrompido e Ele se pôs a trabalhar (Jo. 5.17). O sábado não seria mais uma expressão do descanso do Criador, mas sim, uma sombra dum descanso futuro, baseado na obra perfeita terminada pelo Senhor Jesus Cristo.
Em primeiro lugar, prefigurava o descanso que Deus queria dar ao povo de Israel em Canaã. Moisés disse àquele povo: “Até agora não entrastes no descanso ...mas passareis este Jordão, e habitareis na terra que vos fará herdar o Senhor vosso Deus; e vos dará repouso dos vossos inimigos... ”(Dt 12.9-10).
Num sentido limitado, este descanso foi alcançado nos dias de Josué, pois “o Senhor lhes deu repouso em redor, conforme a tudo quanto jurara a seus pais”(Hb. 4.8).
O descanso em Canaã não permaneceu, e Deus falou ainda dum descanso futuro (Sl 95.8-11).
Descanso para o Mundo no Milênio
Um dia Satanás será preso no abismo (Ap 20.1-3); todo inimigo será derrotado (1 Co 15.25); a criação deixará de gemer (Rm 8.22-23); e a terra há de gozar o seu sábado. O profeta anunciou isto ao dizer: “Já descansa, já está sossegada toda a terra! exclamam com júbilo” (Is 14.7). O mesmo profeta ainda disse: ”As nações perguntarão pela raiz de Jessé, posta por pendão dos povos, e o lugar do seu repouso será glorioso”(Is 11.10).
O Descanso Eterno
Este maravilhoso descanso milenar, porém não perdurará. Satanás será solto da sua prisão e sairá para enganar as nações que estão nos quatro cantos da terra, liderando uma última rebelião contra Deus.
Mas ele será derrotado, e lançado no lago de fogo. Os mortos serão julgados e haverá um novo céu e uma nova terra onde habita a justiça (2 Pe 3.13 e Ap 21.1). Deus será tudo em todos e será glorificado naquele descanso eterno.
O Descanso presente em Cristo
O sábado é a sombra; a substância é Cristo (Cl 2.16-17). Por isto, não nos ocupamos mais com a sombra; temos a substância. Não guardamos o sábado; descansamos em Cristo. Esta verdade é apresentada mais detalhadamente na carta aos Hebreus.
O Sábado à Luz de Hebreus 3 e 4
A carta aos Hebreus mostra a superioridade de Cristo. Ele é Deus (cap. 1) e, portanto, superior aos anjos. Ele Se fez homem (cap. 2), mas continua superior a todos os homens. Os capítulos que estamos considerando mostram como Ele é superior a Moisés e a Josué. Estes não conseguiram dar ao povo aquele descanso verdadeiro, mas nós, pela fé no Senhor Jesus Cristo, já entramos no repouso (4.3).
O Repouso
A questão do repouso é introduzida com uma citação do Velho Testamento, tirada do Salmo 95.8-11, já anteriormente citada no capitulo 3.7-11. O escritor quer demonstrar que o Senhor Jesus é maior do que todos os homens. Os que sairam do Egito deveriam ter entrado no descanso em Canaã, mas pela desobediência e incredulidade, seus corações foram endurecidos e Deus jurou na Sua ira que não entrariam no Seu descanso. Este facto serve de exortação aos leitores, para que não venham a cair no mesmo erro (3.12-13). Poderiam ter ouvido as boas novas, mas se o coração se endurecesse pelo engano do pecado não entrariam no repouso desejado (3.13).
Muitos têm mal interpretado esta passagem e, nela baseados, afirmam que o crente pode perder a salvação, mas veja bem que não é isso o que o texto sagrado diz. O Deus afirma e: “A qual casa somos nós, se tão-somente conservarmos firme a confiança e a glória da esperança até ao fim” (3.6). Note bem que não diz que “seremos”, mas que “somos”, agora, no presente, a casa de Deus. Ele não diz que somos enquanto conservarmos firme, mas que já somos a casa de Deus se conservarmos firme. Isto é, a palavra “se”, neste caso, não introduz uma condição, mas, sim, uma evidência. Os hebreus, a quem a carta foi dirigida, professavam ser a casa de Deus, mas alguns poderiam não ser verdadeiros. A realidade da sua profissão seria manifesta pela sua permanência. Veja isto com mais clareza no versículo 14 – “...nos tornamos participantes de Cristo, se retivermos firmemente o princípio da nossa confiança até ao fim”. O verbo “tornamos”refere-se a algo já acontecido — é o tempo perfeito no texto original. Ele não está dizendo que vamos participar de Cristo se retivermos firmemente, e, sim, que já participamos de Cristo há muito tempo. A palavra se, no caso, não é condicional, pois se o fora, o versículo não teria sentido. O ensino claro destes dois versículos é que aquele que permanece é aquele que creu e aquele que não permanece demonstra que nunca creu.
No capítulo 4 o Espírito volta a destacar o perigo de não entrar no repouso de Deus: “Temamos, pois que, porventura, deixada a promessa de entrar no seu repouso, pareça que algum de vós fica para trás” (v. 1). Observe, porém, que o texto não fala da possibilidade de ser expulso dum repouso já alcançado, mas, sim, da possibilidade de não chegar a entrar no repouso esperado. É isto o que vemos no Salmo 95: a geração que saiu do Egito não entrou em Canaã. É isto, também, o que Hebreus 4 ensina: alguns que querem entrar no repouso de Deus poderão não entrar. Aqueles que saíram do Egito ouviram as boas novas e esperavam entrar, mas cairam no deserto. Como o texto afirma, nada disto lhes aproveitou, porquanto não estava misturado com a fé. É possível ouvir as boas novas e abandonar o mundo e, contudo, não entrar no descanso porque, na realidade, não creu.
Mas o contraste no versículo seguinte é notável: “Nós, os que temos crido, entramos no repouso” (v. 2). Aqui vemos novamente que a fé é o meio pelo qual entramos no repouso. Eles (v. 2) não entraram porque não creram; nós (v. 3) entramos (presente) porque temos crido (passado). Quem não crê, não entra. Quem creu, já entrou.
Tudo é relacionado com o descanso de Deus no sétimo dia (v. 4), mostrando que aquele repouso de Deus na obra completada pela criação era uma sombra do repouso que o crente tem agora em Cristo. No versículo 5 vemos mais uma vez que o incrédulo jamais entrará neste descanso.
A partir do versículo 6, o Espírito Santo torna a falar do descanso concedido em Canaã, mostrando que não correspondeu plenamente à sombra, pois, de outra sorte, Davi não teria, no Salmo 95, falado de outro dia. Isto leva logicamente à conclusão de que “resta ainda um repouso (literalmente, “um sábado de repouso”) para o povo de Deus” (v. 9).
O sábado do Velho Concerto, portanto, era uma sombra do descanso que gozamos hoje em Cristo. O assunto é concluído com uma afirmação e uma exortação.
A afirmação: “Aquele que entrou no seu repouso, ele próprio repousou das suas obras, como Deus das suas” (v. 10). Quando descobrimos que as nossas tentativas de alcançar a vida eterna eram inúteis e deixamos de confiar em nossas justiças, orações, obras, etc., e confiamos no Senhor Jesus Cristo e no valor da obra consumada na cruz, descansamos das nossas obras e entramos no descanso de Deus.
A exortação: É dirigida àqueles que ainda não entraram no repouso de Deus e diz: “Procuremos entrar... para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência” (v. 11).
A Conclusão
O Sábado foi uma dádiva preciosa que Deus concedeu ao povo de Israel, mas aquele povo não apreciou. Era uma parte integrante daquela lei do velho concerto e traz lições preciosas para nós, cristãos, no dia de hoje, sendo uma sombra do nosso descanso espiritual em Cristo.
Mas aquela “cédula que era contra nós” foi riscada (literalmente, apagada, como quando se apaga o que foi escrito numa lousa) e tirada do meio de nós pela cruz de Cristo (Cl 2.14). Continuando este ensino, o Espírito Santo pergunta: “Se, pois, estais mortos com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos carregam AINDA de ordenanças...?” (Cl 2.20).
Nesta Escritura Deus mostra claramente que o cristão não deve guardar a lei do velho concerto (isto inclui o sábado), pois tal lei foi apagada e tirada do meio de nós. Na carta aos Gálatas, porém, Deus apresenta, por meio duma alegoria, a nossa responsabilidade nesta parte.
Abraão teve dois filhos, um da escrava e outro da livre. Na alegoria, Agar, a escrava, representa o velho concerto firmado no monte Sinai, enquanto Sara representa o novo. Na conclusão da alegoria, Deus diz: “Lançai fora a escrava e seu filho, porque de modo algum o filho da escrava herdará com o filho da livre” (v. Gl 4.21-31). Temos a responsabilidade de lançar fora o velho concerto, bem como as conseqüências que ele produz, pois de modo algum poderão os dois concertos conviver um com o outro.
Portanto, em Colossenses vemos o lado divino desta mudança — Ele apagou a “cédula”, tirando-a do meio de nós (Cl 2.14), mas em Gálatas vemos o lado humano — nossa responsabilidade de lançar fora o velho concerto, inclusive o sábado.


O termo sábado deriva de um verbo hebraico que significa descansar ou cessar toda atividade. O sábado ou "o dia do repouso" é a referência ao descanso de Deus que seguiu à criação. "Foram acabados os céus e a terra ... E, havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a sua obra que tinha feito" (Gênesis 2: 1-2).



O sábado não é, portanto, um sinal meramente judaico. Só mais tarde Deus ordenou o sábado como sinal da aliança  eterna entre ele e seu povo:"Também lhes dei os meus sábados, para servirem de sinal entre mim e eles, para que soubessem que eu sou o SENIHOR que os santifica" (Ezequiel 20:12).



É interessante ler três passagens no livro de Êxodo que falam do dia do repouso ou sábado. Esse dia é sempre mencionado em relação às grandes intervenções de Deus com respeito ao seu povo.

O dom do maná no deserto é a expressão da graça do Deus fiel que se preocupa com seu povo: "Amanhã é repouso, o santo sábado do SENHOR... Assim, descansou o povo no sétimo dia".



O dom da lei é a expressão das exigências de Deus, as quais o homem é incapaz de cumprir.

O quarto mandamento declara: "Lembra-te do dia de sábado, para o santificar. Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR... ao sétimo dia, descansou; por isso, o SENHORabençoou o dia de sábado e o santificou" (Êxodo 20: 8-11).

O dom de recursos para a edifícação do tabernáculo é a expressão do desejo de Deus de habitar entre o seu povo: "Certamente, guardareis os meus sábados ... O sétimo dia vos será santo, o sábado do repouso solene ao SENHOR" (Êxodo 31:12-17; 35:1-2).



Desse modo, quer trate da graça de Deus ou da incapacidade do homem de obedecer a Deus, ou mesmo do desejo de Deus de habitar entre os homens, o sábado é mencionado como sinal do propósito divino de introduzir o homem em seu repouso. Está claro que o sábado pertence à primeira criação. Está escrito que quando Deus terminou sua obra, descansou no sétimo dia (Hebreus 4:4).



Contudo, esse repouso foi de curta duração. A criação foi arruinada, degradada por causa da transgressão do homem, o primeiro Adão. Como Deus, desde então, pôde descansar em meio de um ambiente caracterizado pelo pecado, pela miséria e pela morte? Deus ainda trabalha a fim de fazer o homem feliz, introduzindo-o em seu descanso. Isto é o que o Senhor Jesus declarou depois de curar um enfermo no dia do repouso: "Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também" (João 5:17).



Assim é como o Senhor continua trabalhando, curando e livrando; e isso freqüentemente no dia do repouso. Não é ele, o Filho do homem, "senhor  também do sábado"? Ele podia dispor desse dia como achasse conveniente (Marcos 2:28). Foi de lugar em lugar fazendo o bem, até que chegou o dia da grande obra da salvação do homem. Morreu na cruz e, significativamente, passou o dia do repouso na sepultura. Ressuscitou no dia seguinte. Um novo dia resplandeceu, o de uma nova criação, o da entrada no período da graça, o primeiro dia da semana. A primeira criação - e com ela, a lei e o dia do repouso - acabou-se com a morte de Cristo. Por isso, o dia do repouso não tem mais razão de ser. É um erro, uma injustiça, forçar um filho de Deus a guardar o sábado nos dias de hoje. Uma nova criação, a criação de Deus, da qual Cristo é o princípio (Apocalipse 3: 14), surgiu depois de sua ressurreição. Assim, pois, é outro o dia que o crente é chamado a respeitar: o primeiro dia da semana (não o último), o dia do Senhor. As Escrituras falam freqüentemente do dia do repouso, mas raramente do domingo. Contudo, este dia é mencionado uma vez pelo menos nas quatro partes que constituem o Novo Testamento, o que faz ressaltar ainda mais sua importância.



Nos evangelhos: "No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro" (João 20: 1).

No livro de Atos: "No primeiro dia da semana, estando nós reunidos com o fim de partir o pão" (Atos 20: 7).

Nas epístolas: "No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade" (1 Coríntios 16:2).



No Apocalipse: "Achei-me em espírito, no dia do Senhor" - o Dies Domini - (Apocalipse 1:10). Desta expressão latina veio a palavra atual domingo.



Hebreus 4.9 atrai-nos a atenção. Diz: "Portanto, resta um repouso para o povo de Deus". Deus descansou depois das obras da criação, mas este descanso, por causa do pecado do homem, não durou muito tempo. Josué introduziu os filhos de Israel em Canaã, mas, por causa de sua infidelidade, não conheceram o verdadeiro descanso. Resta, portanto, um descanso sabático, não um novo sábado, mas, sim, segundo o texto original, um sabatismo, a saber, um descanso que permanece, que ninguém poderá perturbar. Esse descanso será desfrutado sobre aTerra pelo povo de Israel nos dias do milênio. "Naquele dia, recorrerão as nações à raiz de Jessé que está posta por estandarte dos povos; a glória lhe será a morada", disse o profeta Isaías (11: 10). No céu, Ele mesmo será a porção da Igreja, o povo celestial de Deus. No estado eterno, em que Deus será tudo em todos, finalmente "ele descansará em seu amor" (Sofonias 3: 17). Então, todos os que lhe pertencem repousarão em seu descanso.


RECAPITULAÇÃO:

 DEVEMOS GUARDA O SÁBADO?
Por irmão Daniel Duarte
Em Colossenses 2:16-17, o Apóstolo Paulo declarou: “Ninguém, pois, vos julgue por
causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados, porque tudo isso
tem sido sombra das coisas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo”. Da mesma
forma, Romanos 14:5 diz: “Um faz diferença entre dia e dia; outro julga iguais todos
os dias. Cada um tenha opinião bem definida em sua própria mente”. Essas passagens
deixam bem claro que, para o Cristão, guardar o Sábado é uma questão de liberdade
espiritual, não um comando de Deus. Guardar o Sábado é um assunto sobre o qual a
Palavra de Deus nos diz para não julgarmos uns aos outros. Guardar o Sábado é uma
questão que cada Cristão deve estar convencido em sua própria mente.
Nos primeiros capítulos do livro de Atos, os primeiros Cristãos eram predominante
judeus. Quando gentios começaram a receber o dom da salvação através de Jesus
Cristo, os Cristãos judeus tinham um dilema: quais aspectos da Lei Mosaica e tradição
israelita os Cristãos gentios deveriam ser instruídos a obedecer? Os apóstolos se
reuniram e discutiram sobre o assunto no conselho de Jerusalém (Atos 15). A decisão
foi: “Pelo que, julgo eu, não devemos perturbar aqueles que, dentre os gentios, se
convertem a Deus, mas escrever-lhes que se abstenham das contaminações dos
ídolos, bem como das relações sexuais ilícitas, da carne de animais sufocados e do
sangue” (Atos 15:19-20). Guardar o Sábado não era um dos mandamentos que os
apóstolos julgaram ser necessário reforçar aos crentes gentios. É inconcebível que os
apóstolos iriam deixar de incluir o guardar o Sábado se esse ainda fosse um comando
de Deus para os Cristãos.
Um erro comum no debate de guardar o Sábado é o conceito de que o Sábado era o
dia de louvor. Grupos como os Adventistas do Sétimo Dia defendem a idéia de que
Deus exige que o culto da igreja seja no Sábado, o dia santo. Não é isso que o
comando do Sábado era. O comando do Sábado era para não trabalhar naquela dia
(Êxodo 20:8-11). Em nenhum lugar das Escrituras o sábado era para ser um dia de
louvor. Sim, judeus no Velho Testamento, Novo Testamento e tempos modernos usam
o sábado como um dia de louvor, mas essa não é a essência do comando do Sábado.
No livro de Atos, quando uma reunião está acontecendo no dia de sábado, é uma
reunião dos judeus, não dos Cristãos.
Quando os primeiros Cristãos se reuniam? Atos 2:46-47 nos dá a resposta:

“Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e
tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e
contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor,
dia a dia, os que iam sendo salvos”. Se tinha um dia que os Cristãos se reuniam
regularmente era o primeiro dia da semana (nosso domingo), não no dia de sábado
(Atos 20:7; 1 Coríntios 16:2). Em homenagem à ressurreição de Cristo no domingo, os
primeiros Cristãos observaram o domingo, não como o “sábado Cristão”, mas como
um dia para louvar e glorificar a Jesus Cristo de uma forma especial.
– O Sábado faz parte de um concerto ou pacto entre Deus e o povo israelita:
“Guardarão, pois, o sábado os filhos de Israel, celebrando-o nas suas gerações como
pacto perpétuo. Entre mim e os filhos de Israel será ele um sinal para sempre; porque
em seis dias fez o Senhor o céu e a terra, e ao sétimo dia descansou, e achou
refrigério” (Ex.31:16).
“Lembra-te (povo hebreu) de que foste servo na terra do Egito, e que o Senhor teu
Deus te tirou dali com mão forte e braço estendido; pelo que o Senhor teu Deus te
ordenou que guardasses o dia do sábado” (Dt. 5:15,).
• – Antes do concerto do Sinai Deus não ordenou a ninguém que guardasse o
Sábado:
“E ao homem disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da
árvore de que te ordenei dizendo: Não comerás dela; maldita é a terra por tua causa;
em fadiga comerás dela todos os dias da tua vida” (Gn.3:17); “Pois todos quantos são
das obras da lei estão debaixo da maldição; porque escrito está: Maldito todo aquele
que não permanece em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-
las”Gl.3:10); “Guardais dias(no caso o Sábado), e meses, e tempos, e anos. Temo a
vosso respeito não haja eu trabalhado em vão entre vós” (Gl.4:10-11,); “ concluímos
pois que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei” (Rm.3:28).
• – Jesus Cristo foi a última pessoa que teve obrigação de guardar a Lei e o
Sábado:
“mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher,
nascido debaixo de lei, para resgatar os que estavam debaixo de lei, a fim de
recebermos a adoção de filhos”(Gl.4:4-5; Rm. 10:4).
• – O Sábado faz parte da lei e foi (o sábado) por Cristo abolida totalmente:
“… e havendo riscado o escrito de dívida que havia contra nós nas suas ordenanças, o
qual nos era contrário, removeu-o do meio de nós, cravando-o na cruz”(Cl.2:14); “mas
o entendimento lhes ficou endurecido. Pois até o dia de hoje, à leitura do velho pacto
(a Lei), permanece o mesmo véu, não lhes sendo revelado que em Cristo é ele
abolido” (II Cor.3:14).
Os adventistas, para imporem a obrigatoriedade da guarda do Sábado, se valem de
argumentos infundados estabelecendo uma distinção entre a Lei Moral e Lei
Cerimonial, Lei de Deus e Lei de Moisés, dizendo que a Lei Moral ou lei de Deus se
restringe aos 10 mandamentos e continuará para sempre, e que a Lei de Moisés ou
Lei cerimonial abrange o Pentateuco escrito por Moisés e foi abolida. Essa distinção é
imprópria e inescriturística.
Vejamos:
– “E chegado o sétimo mês, e estando os filhos de Israel nas suas cidades, todo o
povo se ajuntou como um só homem, na praça, diante da porta das águas; e disseram
a Esdras, o escriba, que trouxesse o Livro da Lei de Moisés” (Ne.8:1). Observe a
expressão “o livro da Lei de Moisés”. Este mesmo livro, denominado de “Lei de
Moisés” é, a seguir, assim chamado: “E leram no livro, na Lei de Deus; e declarando e
explicando o sentido, faziam que, lendo, se entendesse”; “E acharam escrito na Lei
que o Senhor ordenará, pelo ministério de Moisés, …”(Ne.8:8; 8:14)
– “Pois Moisés disse: Honra a teu pai e a tua mãe; e: Quem maldisser ao pai ou à
mãe, certamente morrerá”(Mc.7:10). Ora, nós sabemos pôr Êx. 20:12 que se trata do
quinto mandamento, e, no entanto se diz que “Moisés disse”.
– “Não vos deu Moisés a lei? No entanto nenhum de vós cumpre a lei. Por que
procurais matar-me?” (Jo. 7:19). Onde a Lei proíbe o homicídio? Em Êx. 20:13, dentro
dos dez mandamentos. O decálogo é chamado por Jesus de Lei de Moisés.
O apóstolo Paulo chama o decálogo de Lei; “… pois não teria eu conhecido a cobiça,
se a lei não dissera” (Rm.7:7). Para o apóstolo Lei mosaica e decálogo eram a mesma
coisa.
Essa divisão da lei em duas é artificial, sem qualquer apoio bíblico, mas fundamental
para impor a guarda do Sábado na doutrina Adventista.
• – Estamos em um novo concerto muito melhor, fazendo-se necessário à
mudança da Lei:
“Mas agora alcançou ele (Jesus) ministério tanto mais excelente quanto é mediador de
um melhor pacto (aliança ou concerto), o qual está firmado sobre melhores
promessas” (Hb. 8:6).
Faz-se, aqui, necessário uma explicação sobre o nosso novo concerto e a mudança
da Lei. Foi o próprio Cristo que instituiu a nova aliança (Mt.26:28) trazendo assim uma
nova concepção da vida espiritual que Deus quer que tenhamos. Isso foi tão profundo
que os judeus não entenderam e nem aceitaram. A lei dizia: “olho por olho, e dente por
dente”. Jesus disse: “não resistais ao mal; mas se qualquer te bater na face direita,
oferece-lhe também a outra” (Mt.5:38-39). Quanto ao Sábado, a Lei dizia que deveria
ser guardado e santificado (Ex.20:8), mas no novo pacto isso muda e o que tem que
ser guardado e santificado é o povo de Deus, não só em um dia da semana, mas nos
sete. Isso é pelo fato do Sábado ser feito para o homem e não o homem para ser
escravo do Sábado (Mc.2:27-28). Todos os dias para os cristãos têm que ser santo e
especial, pois em qualquer um desses dias Jesus pode voltar (Mc.13:32).
A nova concepção do Sábado é muito mais profunda do que qualquer sabatista possa
querer explicar, pois muitas são as mudanças na visão dessa lei da guarda do
Sábado. Em Hebreus (capítulo 4) Jesus é o próprio Sábado e é claro que o Senhor
reina em todos os dias. Para a Igreja o Sábado, que era o dia da santificação, tornou-
se todos os dias. É uma pena que a denominação Adventista e sabatista consagrem apenas um dia para o Senhor, pois A IGREJA DE CRISTO CONSAGRA TODOS OS
DIAS PARA O SEU SENHOR.
Explica o seguinte o Dr. G. Archer sobre essa problemática: “…a verdadeira questão é
se a ordem sobre o sétimo dia, o Sábado do Senhor, foi transferida (Hb.7:12), no NT,
para o primeiro dia da semana, o Domingo, que a igreja em geral honra como o dia do
Senhor. De fato, ele é também conhecido como Sábado cristão. O âmago ou cerne da
pregação apostólica ao mundo gentio e judaico, a partir da festa de pentecostes (50
dias) era a ressurreição de Jesus (At.2:32). O ressurgimento de Cristo era a
comprovação de Deus, perante o mundo, de que o salvador da humanidade havia
pago o preço válido e suficiente pelos pecadores e havia superado a maldição da
morte.
O sacrifício expiatório eficaz de Jesus e sua vitória sobre a maldição da morte
introduziu uma nova época ou dispensação da Igreja (Ef.1:10). Assim como a ceia do
Senhor (o partir do pão) (I Cor.11:23-34) substituiu a Páscoa (Mt.26:17-30; Lc.22:7-
23), na antiga aliança – “Porque isto é o meu sangue, o sangue do Novo Testamento
(novo concerto, pacto, aliança)”. A morte de Cristo substituiu o sacrifício de animais no
altar (Jo.19:30, Cf. Lv.), o sacerdócio arônico (Êx.28) foi substituído pelo sacerdócio
supremo de Jesus “segundo a ordem de Melquisedeque”(Hb.7) e fez com que cada
crente se torna-se um sacerdote (Ap.1:5). Também o quarto mandamento, dentre os
dez, que pelo menos em parte tinha natureza cerimonial (Cl.2:16-17), deveria ser
substituído por outro símbolo, mais apropriado à nova dispensação (era, tempo) – O
DOMINGO “Dia do Senhor”. (Enciclopédia de Dificuldades Bíblicas, pág. 125)
• – No novo concerto, sob qual estamos (Hb. 8:6), não existe mandamento para
guardar o Sábado embora encontremos todos os outros do decálogo.
Leiamos:
“Perguntou-lhe ele: Quais? Respondeu Jesus: Não matarás; não adulterarás; não
furtarás; não dirás falso testemunho; honra a teu pai e a tua mãe; e amarás o teu
próximo como a ti mesmo. Disse-lhe o jovem: Tudo isso tenho guardado; que me falta
ainda? Disse-lhe Jesus: Se quereres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá-o
aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, segue-me. Mas o jovem, ouvindo essa
palavra, retirou-se triste; porque possuía muitos bens” (Mt.19:18-22).
É evidente que, na opinião dos sabatistas, uma das mais importantes doutrinas é a da
guarda do Sábado. Se realmente fosse tão importante a guarda sabática, então
seguramente teria de haver menção do mandamento no Novo Testamento. Entretanto,
todos os outros mandamentos do decálogo são repetidos muitas vezes, porém o fato é
que não encontramos o mandamento sobre o Sábado no Novo Testamento nem
sequer uma vez. No caso do jovem rico, Jesus enumerou a maioria dos
mandamentos, mas deixou de fora o mandamento sobre o sétimo dia. O grande
questionamento seria o porquê o Novo Testamento, que cita todos os demais
mandamentos do decálogo, não explicita a questão da guarda sabática.
• – O apóstolo Paulo era apóstolo dos gentios, mas nunca ensinou ninguém a
ficar guardando dias. Muito pelo contrário, ele afirmou que se alguém ficar
guardando dias o evangelho da graça é inútil para essa pessoa:“Guardais dias (no caso o Sábado), e meses, e tempos, e anos. Temo a vosso
respeito não haja eu trabalhado em vão entre vós… Separados estais de Cristo, vós
os que vos justificais pela lei; da graça decaístes”. (Gl.4:10-11; 5:4).
• – Os sabatistas condenam quem não guarda o Sábado, alguns afirmam que
esta pessoa não será salva.
“Foi-me mostrada então uma multidão que ululava em agonia. Em suas vestes estava
escrito em grandes letras: Pesado foste na balança, e foste achado em falta. Perguntei
(ao anjo) quem era aquela multidão. O Anjo disse: Estes são os que já guardaram o
sábado e o abandonaram. Vi que eles haviam … enlameado o resto com os pés –
pisando o sábado a pés; e por isso foram pesados na balança e achados em
falta.” (“Livro adventista” Primeiros Escritos, pág.37 Ellen G. White)
• O apóstolo Paulo da uma dura repreensão para estas pessoas que condenam
os seus irmãos:
“Quem és tu, que julgas o servo alheio? Para seu próprio senhor ele está em pé ou
cai; mas estará firme, porque poderoso é o Senhor para o firmar. Um faz diferença
entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente
convicto em sua própria mente” (Rm.14:4-5).
“Portanto não nos julguemos mais uns aos outros; antes o seja o vosso propósito não
pôr tropeço ou escândalo ao vosso irmão” (Rm.14:13).
Sabemos de dezenas de histórias de pessoas que ficaram endividadas e chegaram
até a passar necessidades e sabe porquê? Os sabatistas proibiram o irmão de
trabalhar naquela determinada firma, pois lá se trabalhava aos sábados. É
impressionante como uma doutrina chega a ser extremista e a prejudicar a
comunidade.
Ainda bem que existe a verdadeira Igreja de Cristo para ensinar a verdade para as
pessoas. A verdade é libertadora (Jo. 8:32) e não opressora como esta doutrina. As
pessoas procuram as algumas denominações para tirarem o fardo pesado das costas
(Mt. 11:28-30) e muitas vezes ao chegarem lá os seus fardos não se aliviam e sim
ficam mais pesados. É o coso de quem se achega à denominação Adventista, pois
quem não guarda o Sábado está fora da comunhão e doutrina deste denominação
segundo alguns. Alguns líderes condenam veementes os que ali no meio não
cumprem a guarda deste dia. Isso é muito triste!
Explicando Colossenses 2:16
“Ninguém, pois, vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa de dias de festa,
ou de lua nova, ou de sábados, que são sombras das coisas vindouras; mas o corpo é
de Cristo” (Cl.2:16-17).
Para fugir à evidência de Cl.2:16-17, onde Paulo se refere ao Sábado semanal como
integrante das coisas passageiras da Lei que terminaram com a morte de Cristo na
cruz, os adventistas costumam argumentar que a palavra “Sábado” não se refere ao
sábado semanal, mas aos anuais ou cerimoniais de Lv.23. O que não é verdade, poisos sábados anuais ou cerimoniais já estão incluídos na expressão “dias de festa”. Esta
indicação mostra positivamente que a palavra SABBATON, como é usada em Cl.2:16,
não pode se referir aos sábados festivos, anuais ou cerimoniais. Sendo assim é difícil
para os Adventistas sustentar a sua doutrina sabática, desde que temos visto que o
Sábado pode legitimamente ser tido como “sombra” ou símbolo preparatório de
bênçãos espirituais e não dogmas legalistas (vrs. 17).
Vamos considerar alguns aspectos da Lei
dada no Antigo Testamento:
1. A Lei completa não são apenas os 10 mandamentos, mas todos os mandamentos
cerimoniais encontrados nos capítulos 20 a 31 de Êxodo, em Levítico e Deuteronômio.
Os 10 mandamentos mostram apenas sua essência. Nenhum cristão hoje vai a
Jerusalém adorar, e esta era uma exigência da lei, de adorar no lugar que Deus
escolheria para o Seu povo depois, ou seja, Jerusalém.
2. A Lei não foi dada como meio de salvação, portanto ninguém pode ser justificado
pela prática da Lei. At 13:39; Rm 3:20; Gl 2:16, 21; 3:11.
3. A função da Lei era a de revelar o pecado. Ao se ver pecador e incapaz de cumprir
a lei, o homem devia apelar para a graça e misericórdia de Deus. Rm 3:20; 5:20; 7:7; 1
Co 15:56; Gl 3:19.
4. Deus deu a Lei a Israel como uma espécie de “balão de ensaio” para provar que
toda a humanidade é pecadora, culpada e incapaz de atingir os padrões exigidos por
Deus. Rm 3:19
5. A Lei só condena, e a morte é a condenação. Gl 3:10
6. É impossível ao homem andar segundo a Lei, pois ao transgredir um mandamento
ele se torna culpado de todos. Tg 2:10.
7. Aquele que crê em Jesus já não está sob a Lei, mas sob a graça, pois Jesus veio
pagar a pena (a morte) no lugar do que nele crê para que este fique livre de pagar. Rm
6:148. A Lei serviu apenas de tutor ao homem para conduzi-lo a Cristo, porém quando já
tem a Cristo ele não precisa mais desse tutor. Gl 3:24, 25
9. Embora o cristão não esteja sob a Lei do Antigo Testamento, ele está agora sob a
lei de Cristo. (lembre-se que a Lei dizia para não matar ou adulterar, enquanto Jesus
disse para nem mesmo pensar em matar ou adulterar). 1 Co 9:21
10. Ele se comporta para agradar a Deus não por medo do castigo, mas pela gratidão
e pelo desejo de agradar seu Salvador. Seu padrão agora não são os Dez
Mandamentos, mas a própria Pessoa de Cristo. Jo 13:15; 15:12; Ef 5:1-2; 1 Jo 2:6; 1
Jo 3:16
11. Você encontra no Novo Testamento nove dos dez mandamentos apresentados
como preceitos morais para serem imitados, e não como lei, ou seja, não há uma pena
de morte para o seu descumprimento como era o caso na Lei de Moisés. Neste
sentido, toda a Escritura é proveitosa para o cristão, para seu ensino, admoestação
etc. (2 Tm 3:16), nunca como lei. O único mandamento que não aparece no Novo
Testamento é o da guarda do sábado. Na doutrina dos apóstolos o cristão nunca é
ensinado a guardar o sábado.
12. A Lei continua valendo na sua finalidade de revelar que o homem é pecador, mas
isso para o incrédulo, e não para o crente: “Sabemos, porém, que a lei é boa, se
alguém dela usa legitimamente; Sabendo isto, que a lei não é feita para o justo, mas
para os injustos e obstinados, para os ímpios e pecadores... mas haveis sido lavados,
mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus,
e pelo Espírito do nosso Deus”. 1 Tm 1:8, 9; 1 Co 6:11
Rom 8:1-4 “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo
Jesus. Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e
da morte. Porquanto o que era impossível à lei, visto que se achava fraca pela carne,
Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança da carne do pecado, e por causa
do pecado, na carne condenou o pecado. para que a justa exigência da lei se
cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito”.


10 razões para a omissão do quarto mandamento

1 Nem Deus nem Cristo o incluiu na nova aliança.
Se o tivessem incluído, ele estaria em algum
lugar no NT como os outros 9 estão.
2 De todas as palavras proferidas por Jesus na
terra, somente 4 referencias são feitas ao sábado
(Mt 12.8; 24.20, MC 2.27,28; LC 6.5). Ele
apenas ensinou que e correto fazer o bem nesse
dia e que nenhum dia e senhor do homem.
Nem sequer uma vez ordenou alguma observância
particular de algum dia especifico.
3 O antigo sábado judeu fazia parte do pacto
entre Deus e Israel e era um símbolo e sinal
daquela aliança (Ex 20.8-11; 31.13-18; Ez 20.12-
20). O pacto não havia sido feito com os homens
antes de Moises (Dt 5.2,3), nem com os
gentios e a igreja (Rm 2.14; Dt 4.7-10). O sábado
não e para eles.
4 Dos dez mandamentos, o quarto era o único
cerimonial e não uma lei moral. Seu único propósito
era celebrar o livramento da escravidão
egípcia quando Israel não tinha descanso (Dt
5.15). Era apenas uma tipologia do descanso
eterno (Cl 2.14-17; Hb 4.1-11; 10.1). Era natural
que ele ficasse de fora da nova aliança, na qual
a realidade do descanso veio daquilo que era
uma sombra (Mt 11.28,29; Cl 2.14-17). Os benefícios
físicos e espirituais de um dia de descanso
podem ser alcançados em qualquer outro
dia da semana, e não apenas no sábado.
5 O quarto mandamento era o único que podia
acabar se tornando mera forma sem afetar
a moral dos homens. Todos os outros dizem
respeito as obrigações morais dos homens. E
o único dos dez que poderia ser eliminado e
ainda restar uma lei moral para os homens.
6 Deus predisse e prometeu que Ele eliminaria
0 antigo sábado judeu (Os 2.11; Is 1.10-15).
7 Os profetas predisseram que Deus aboliria
a antiga aliança € faria uma nova (ts 42.6; 49.8;
59.21; Jr 31.13-40; 32.37-44; Ez 36.24-38). Ha uma
referencia clara a isso no NT, em Romanos 1125-
29; Hebreus 8.8-12; 10.16-18; Mateus 26.28.
8 Em nenhuma passagem, o texto bíblico afirma
que os homens devam guardar o sábado
judeu para comemorar o antigo descanso da
criação. O sábado era para comemorar o livramento
do Egito (Dt 5.15). Era isso que os judeus
deveriam “lembrar" (êx 20.8).
9 e o único mandamento que poderia ser transgredido
e foi transgredido sem que se infringisse
uma lei moral Israel marchou num sábado
(Nm 33.3; Lv 23.5-11; Js 6.12-16); levantou o
tabernáculo (êx 40.1,17 com Lv 23.5-11); examinou a terra de Canaã (Nm 13.25); e lutou (1
Rs 20.29; 2 Rs 3.9; Js 6.12-16). Davi e outros
transgrediram o sábado e foram considerados
inocentes (Mt 122-5).
10 O NT permite que os cristãos guardem qualquer
dia como sábado, sendo essa uma das
coisas flexíveis não incluída em mandamento
pela nova aliança (Rm 14.1-13; Gl 4.9-11; Cl
2.14-17). O dia que os cristãos primitivos observavam.
não por mandamento, mas por escolha,
era o domingo ou primeiro dia da semana (Jo
20.1,19; 20.7; 1 Co 16.2).
VEJA O QUE A BÍBLIA SAGRADA NÃO DIZ SOBRE O SÁBADO
O que a Bíblia não diz sobre o sábado
20 falácias modernas não declaradas no AT ou
no NT:
1 Que guardar o domingo e urna instituição
humana.
2 Que os cristãos devem guardar o velho sábado
judeu.
3 Que os cristãos são obrigados a guardar um
determinado dia.
4 Que todos os que guardam o domingo tem a
marca da besta.
5 Que todos os que guardam o domingo estão
perdidos.
6 Que guardar o domingo e uma instituição
católico-romana.
7 Que os cristãos nunca realizaram um culto
religioso no primeiro dia da semana (domingo).
8 Que os dez mandamentos não foram abolidos
quando a antiga aliança foi "abolida" e "banida"
em Cristo na cruz.
9 Que o dia do Senhor e o sétimo dia ou o velho
sábado judeu.
10 Que o quarto mandamento faz parte da
nova aliança.
11 Que os cristãos não devem trabalhar no
sábado.
12 Que o sábado do quarto mandamento não
esta incluído nos "sábados" que foram abolidos
na cruz, como ensinam Colossenses 2.14-17.
Gálatas 4.9-11; Romanos 14.1-5; Efésios 2.15.
13 Que a lei de Moises e o sábado do quarto
mandamento eram para os gentios e os judeus.
14 Que o sábado do quarto mandamento era
um sinal entre Deus e os gentios, como o sinal
entre Deus e Israel em Êxodo 31.13-17; Deuteronômio
5.12-15; Ezequiel 20.12,13.
15 Que o sábado e um dia santo, um dia de
descanso, um dia de adoração ou um dia santificado na nova aliança.
16 Que o sábado foi o único dia reconhecido
pelos apóstolos como o dia de descanso e
adoração.
17 Que Jesus instituiu o velho sábado judeu. (A
Bibl a diz que Deus, o Pai, deu a lei e falou no
passado com os homens, Hebreus 1.1,2; Romanos
1.3; Atos 3.21-26 etc.).
18 Que todos os homens observaram o sábado
desde a criação a Êxodo 16, em que Deus ordenou
pela primeira vez que os homens guardassem
um determinado dia.
19 Que o domingo não pode ser tão santo
quanto qualquer outro dia santificado ou separado
para a adoração a Deus.
20 Que os cristãos são obrigados a observar
um dia especifico da semana uma vez que os homens deviam fazer debaixo da antiga
aliança veja Romanos 14.5,6; Gálatas 4.9,10; Colossenses2.14-17; Hebreus 4.

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